Cerca de 1500 mulheres se deram as mãos para fazer um alerta aos atos de feminicídio, como o que ocorreu com Juliane Klamt, 31 anos, que foi morta pelo ex-namorado, na última terça-feira,7. O evento, ‘Amiga, te cuida’ foi idealizado pelo grupo Meninas Livres através das redes sociais e mobilizou toda a comunidade venâncio-airense, na manhã de hoje. Integrantes do Movimento Negro, do grupo LGBT e demais apoiadores também participaram do ato.
Segundo uma das organizadoras do ato, a ideia que teve envolvimento de mais de 1.200 pessoas no Facebook, surgiu para dar voz às mulheres, que sofrem ou já sofreram alguma ameaça ou violência e homenagear vítimas de feminicídio.
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O grupo de mãos dadas, em apoio à família de Juliani, se reuniu em frente à igreja São Sebastião Mártir e formou um cordão nos dois lados da rua Osvaldo Aranha, ocupando duas quadras. Mulheres com corpo pintado e com cartazes presos à camiseta, carregaram mensagens em defesa dos direitos femininos e respeito à mulher.
Assim que o cordão foi formado, os familiares da vítima circularam entre as duas filas de participantes para receber um olhar de gratidão, neste momento tão doloroso. O grupo se deslocou até a frente da igreja católica, onde algumas mulheres se pronunciaram em defesa da criação de novas leis, no sentido de proteger as mulheres contra ameaças deste gênero.
Vestida de preto, e com a frase ‘respeito’ escrita no peito, a secretária Fernanda Luísa Schwaickhardt, 19 anos, participou do ato. “Mesmo que as mulheres venham conquistando seus direitos, a violência doméstica ainda existe. Uma agressão verbal pode tomar proporções maiores, se as pessoas não denunciarem. Além disso, falta meio político que incentive a criação de novas leis, pois a Lei Maria da Penha, ainda não é suficiente para amparar as mulheres que se encontram nestas situações”, afirma.
