As precárias condições do trecho de 5,5 quilômetros da VRS-816, entre Linha Grão-Pará e o trevo de acesso à Vila Palanque, são alvos constantes de reclamações. Já é comum usuários da via denunciarem que tiveram pneus estourados e outras avarias em seu veículos, por terem passado em buracos. O Município pensa em municipalizar o trecho, mas para isso, quer que o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) faça melhorias na pavimentação.
Foi a partir de uma moção do suplente de vereador, Claudio Weschenfelder (PDT), que a intenção de municipalizar o trecho tomou corpo. Na semana passada, a vice-prefeita, Izaura Landim, acompanhada pelo secretário do Planejamento e Urbanismo, Gustavo Von Helden, tiveram uma reunião com o diretor-geral do Daer, Luciano Faustino, para tratar sobre o assunto.
Com a municipalização, a Administração Municipal teria gerência sobre o trecho, facilitando a sua conservação. Mas para isso acontecer, adianta o prefeito Jarbas da Rosa, é preciso que o Daer faça a repavimentação de todo o trecho. “É uma obra avaliada em R$ 10 milhões, dinheiro que, neste momento, não dispomos”, destacou o chefe do Executivo.
Tapa-buracos
Para amenizar os problemas, na tarde da sexta-feira, 8, funcionários da Prefeitura fizeram uma operação tapa-buracos, nos pontos mais críticos. O material usado não é o ideal (asfalto frio), mas o trabalho paliativo foi feito devido às incessantes reclamações e porque a via, além de danificar veículos, apresenta riscos aos usuários.
De acordo com a Assessoria de Comunicação da Prefeitura, é aguardada resposta do Daer, que fornecerá o material adequado para fazer os reparos na via. Porém, observou o prefeito, faz três meses que a autarquia não fornece o material para os reparos na via.
Jarbas da Rosa mencionou que foi assinado um termo de convênio para que o Daer forneça o material e funcionários da Prefeitura executem o serviço. “Nós buscamos o material em Montenegro e fizemos os reparos, mas faz três meses que o Dar não nos fornece o material”, informou.
Sem condições
Uma das vítimas da VRS-816 é uma mulher de 56 anos, que reside em Linha Grão-Pará há 25 anos. Na terça-feira da semana passada ela levou um susto quanto voltava para casa com sua moto, depois de mais um dia de trabalho. “Entortei as duas rodas da moto e perdi o bauzinho”, contou.
“Desvia de um buraco, mas cai dentro de outro e, quando chove, fica ainda pior, pois não se enxerga nada. O trecho é muito perigoso e está cada vez pior.”
MULHER DE 56 ANOS
Moradora de Linha Grão-Pará
A mulher relatou que teve um prejuízo superior a R$ 200, pois por causa da chuva, não viu a dimensão dos buracos. “E também é perigoso, pois isso pode causar acidentes, quando se desvia de um buraco e vai para a outra pista”, observa.
Ela também citou os prejuízos de uma amiga, que estourou o pneu do carro quando andava por um trecho daquela rodovia. “Ela me disse que tentou desviar de um dos tantos buracos, mais caiu dentro de outro. Isso aqui não tem mais condições. Está cada vez pior”, desabafa.