Os casos de gripe H1N1 em São Paulo e Santa Catarina têm deixado em alerta muitas regiões, mas ainda não é motivo de susto para os municípios que compõem a 13ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS). A Capital Nacional do Chimarrão, por exemplo, também está prevenida para enfrentar a gripe H1N1 e, até o momento, não há casos de pessoas portadoras do vírus.
Conforme o enfermeiro do controle de infecção da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e do Hospital São Sebastião Mártir, Gerson Ulsenheimer, há poucos casos de gripe em Venâncio. O profissional ressalta que o medicamento indicado em casos de suspeita de gripe H1N1é o Tamiflu, que é apenas fornecido através de prescrição médica. Ele acrescenta que o remédio não tem custo e está disponível na UPA, hospital, vigilância epidemiológica, bem como, na farmácia central. Até o momento, segundo ele, ninguém solicitou o medicamento em Venâncio.
A enfermeira epidemiológica da 13ª Coordenadoria Regional de Saúde, Beanir Lara, garante que a situação em relação ao H1N1 é tranquila no Rio Grande do Sul. No estado, não há circulação do vírus desde 2013, quando este foi centralizado em Santa Cruz do Sul, município que teve o maior número de casos. “Nós temos aqui a circulação de outras influenzas, como a H3N2, influenza B, e a gente segue o mesmo protocolo do Ministério da Saúde com as medidas de prevenção”, comenta.
PREVENçãOA profissional ressalta que como os casos de gripes e resfriados ainda não ocorrem em grande número, o Tamiflu ainda não teve tanta saída. Contudo, os estoques de cada município já começam a ser analisados com o objetivo de verificar se as cidades estão abastecidas com o medicamento para o inverno, quando há maior incidência de gripes. “Nós já estamos vendo estoque e solicitando”, conta. A enfermeira ainda reforça a campanha de vacinação contra a gripe que ocorre no dia 30 de abril e destaca que a participação das pessoas é de extrema importância. Os grupos de pessoas que devem ser vacinadas são, principalmente, gestantes, idosos acima de 60 anos e crianças de 6 meses a 5 anos. Caso alguém tenha o interesse em fazer a vacina antes, esta pode ser feita em uma clínica particular.
Beanir conta que a gripe possui diferentes tipos de vírus. Os que provocam uma preocupação maior são os vírus das influenzas A e B. Ela alega que, nos últimos dois anos, a região não correu risco em relação ao vírus H1N1. Contudo, houve o aumento de outra influenza, a H3N2, que é sazonal e ocorre com mais frequência. Ela ressalta que os sintomas de uma gripe comum para a gripe H1N1 são parecidos, como febre alta, falta de apetite, dores musculares, indisposição e tosse, dor de garganta, náusea, vômito e diarreia. “O que ocorre é que algumas cepas podem provocar um dano maior em determinados grupos de pessoas e levar ao óbito, que é o que ocorreu com a H1N1. Como era uma cepa nova, as pessoas não estava imunizadas”, acrescenta.
MEDIDAS DE PREVENçãO
Cuidar de si e se prevenir contra diversas doenças é fundamental. Confira a seguir as formas de prevenção contra o vírus H1N1:- Ao espirrar, sempre cubra a boca com as mãos ou com um lenço;- Não compartilhe alimentos, copos, toalhas e outros objetos de uso pessoal;- Evite tocar nos olhos, boca e nariz em ambientes públicos ou antes de higienizar as mãos, pois esses são locais por onde o vírus pode entrar;- Lave sempre as mãos, com sabão ou álcool em gel, especialmente após tossir ou espirrar;- Aglomerados de pessoas e ambientes fechados são locais propícios à contaminação, então é bom evitá-los sempre que possível. Principalmente no inverno;- Mantenha os ambientes arejados.