A ideia de implantação do Distrito Industrial (DI) de Venâncio Aires se iniciou há 25 anos, quando comissão da Associação Comercial e Industrial de Venâncio Aires (Aciva), se reuniu com o prefeito Almedo Dettenborn. Na época, empresários relatavam dificuldades para expansão de seus empreendimentos. O então presidente da entidade, Adilor Adams, liderou a comitiva que reivindicava área com mais de 50 hectares. A partir das sugestões apontadas, os empresários aprovaram o local sugerido pelo governo municipal na época. Com isso, começou, ali, a implantação do atual DI.
Localizado a quatro quilômetros do centro comercial de Venâncio Aires, o Distrito Industrial também denomina o bairro. O DI possui 52 hectares de terra e o acesso ao local se dá pelas rodovias RSC-287 e RSC-453. Em relação ao local, o prefeito Airton Artus salienta que a Administração Municipal pretende realizar melhorias na infraestrutura do bairro, com obras asfálticas, melhorias na rede elétrica e de telefonia. Artus também não descarta a ampliação do DI, mas diz que ainda há espaço para a instalação de novas empresas.
Sobre a expansão de área residencial e educacional próxima ao local, explica que a divisão ocorre dentro dos parâmetros, sem agressão ambiental e respeita a distância adequada. “Na parte próxima a região residencial há a preocupação com a instalação de empresas menos poluidoras”. Artus admite, no entanto, que o DI se aproxima do seu limite, pois muitas empresas se instalaram no local nos últimos anos. “Temos que pensar em novas áreas e estamos fazendo isso, inclusive não está descartada a possibilidade de ampliação da área do atual DI, conforme a necessidade”, destaca.
Conforme o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Hélio Lawall, a Prefeitura oferece vantagens para as empresas interessadas em investir no local. “Existe uma legislação de apoio à atração e expansão de empresas, trata-se da lei 3.950 de 2007, que estabelece quais os incentivos possíveis de serem concedidos”. Entre eles, Lawall cita a possibilidade de doação ou venda subsidiada de área com ou sem benfeitorias, locação ou ressarcimento de aluguéis de prédios, concessão de uso remunerado ou gratuito de prédios, assim como auxílio financeiro para ampliação e melhorias de infraestrutura.
Para o presidente da presidente da Câmara de Comércio, Indústria e Serviços de Venâncio Aires (Caciva), Claudiomar da Silva, para o município continuar recebendo novos investimentos há a necessidade de se ter uma área maior. A sugestão da Caciva é a utilização de área, onde hoje funciona a Colônia Penal Agrícola de Venâncio Aires (Cpava), para criação de novo DI, de forma a aproveitar o terminal portuário de Mariante para o transporte fluvial, a partir de sua reativação, e a facilidade de acesso à rodovia que passa em frente à área.
Segundo Claudiomar, a atual área do DI não apresenta muitas opções de lotes e enfrenta problemas na rede elétrica, serviços de comunicação e no acesso, em especial, das pessoas que chegam da região de Lajeado. Quanto a expansão da área, o secretário Hélio Lawall diz que estuda-se algumas alternativas. “Entre elas existe a reivindicação protocolada junto ao Governo do Estado, na qual o munícipio busca o repasse de área remanescente junto a Colônia Penal Agrícola de Venâncio Aires, a Cpava”. Sobre a área disponível no atual DI, Lawal disse que ainda existem 12 terrenos disponíveis, com 2.100 metros quadrados cada um.
