Em fevereiro, faltavam nos postos de saúde de Venâncio Aires vacinas como a antitetânica, antirrábica, tetra viral e contra hepatite A e B, o que era motivo de preocupação para os profissionais da área. No entanto, a situação já foi praticamente normalizada na última quinta-feira, 3, quando o Município recebeu novas doses de vacinas.
Conforme o Ministério da Saúde, a falta de vacinas estava relacionada a problemas alfandegários e, também, à carência de matéria-prima nos próprios laboratórios. De acordo com Carla Lili Müller, enfermeira da Vigilância Epidemiológica e Imunizações de Venâncio Aires, o Município foi abastecido com doses de vacina, mas não foi recebida a quantidade de doses esperadas. “As doses de vacina contra hepatite, eu consegui mandar um quantitativo para os postos, mas não muito. O que ficou em estoque vai dar apenas para as gestantes e os recém-nascidos para este mês”, explica a profissional.
A enfermeira ressalta que o Município recebeu um ofício do Ministério da Saúde onde constava que a situação relacionada às faltas de vacinas no estado foi normalizada e as pendências que haviam, resolvidas. Embora os pedidos dos postos de saúde tenham sido atendidos, Carla comenta que a situação volta ao normal em ritmo mais lento, pois, das mil doses de vacina antitetânica solicitadas, Venâncio recebeu apenas 450. “Ainda não está do jeito que a gente queria, mas vai melhorar”, acrescenta.
Ainda há vacinas em faltaDe acordo com a profissional, grande parte das vacinas solicitadas foi recebida, como tetravalente, pentavalente, antitetânica, rotavírus e vacinas contra hepatite A e B. No entanto, a vacina contra a poliomielite não veio, não porque está em falta, mas porque irá sair de circulação do próximo mês até julho. Em agosto, contudo, a vacina contra a poliomielite voltará com uma nova composição. “Nós vamos usar a polio que nós temos até o dia 31 de março. Não sei se não vai acabar antes, porque como não veio uma nova remessa, temos que trabalhar com o que tínhamos em estoque nos postos”, argumenta.
Além da poliomelite, o Município não recebeu a vacina antirrábica. Ainda sobre a carência de vacinas, ela conta que há cerca de quatro meses os postos não possuem a vacina especial denominada dTpa (Tríplice Bacteriana Acelular), que é destinada às crianças prematuras e a quem fez a reação adversa na primeira aplicação da pentavalente. Carla ainda ressalta que em relação à vacina contra hepatite B, que estava em falta na maioria dos postos de saúde no mês anterior, foi possível manejar 40 doses dentro do município para o Hospital São Sebastião Mártir, o que fez, até então, nenhum bebê ficar sem a vacina.