Os servidores estaduais vão receber apenas R$ 600 na segunda-feira, 31. Com isso, deve haver paralisação dos professores nos próximos quatro dias: 31 de agosto, 1º, 2 e 3 de setembro.
A confirmação do pagamento foi feita pelo próprio funcionalismo. O restante deve ser pago em até quatro parcelas, dependo do salário. Sem calendário definido, a previsão é de que o último pagamento seja feito até o dia 25.
O governador José Ivo Sartori e o secretário da Fazenda, Giovani Feltes, devem, na segunda, apresentar as explicações para o pagamento de um parte tão baixa do salário. Também devem ser apresentados os repasses que serão atrasados para pagar o funcionalismo.
Em Venâncio:
Sem pagar o salário inteiro e não retirando o projeto PLC 206, os professores vão paralisar. Segundo o Centro de Professores do Estado do Rio Grande do Sul (Cpers) a orientação é de que as escolas parem a partir de segunda. Mas no município, em contato com as instituições, todas devem atender normalmente no dia 31 e decidir sobre a paralisação na segunda.
O sentimento para aqueles que tem o salário parcelado é, segundo a professora Diana Sperling, de incapacidade, humilhação, desvalorização. Questionada sobre as contas, afirma: “Elas são pagas atrasadas e com juros.”
Na segurança:
Segundo o delegado da Delegacia de Polícia de Venâncio, Felipe Staub Cano, nada está definido sobre a forma que irão trabalhar na próxima semana. A decisão, assim como na educação, será tomada apenas na segunda. Mas, segundo o Sindicato dos Policiais Civis (Urgeirm) definiu já na sexta-feira, 27, a paralisação da categoria por quatro dias.
No site do Cpers foram divulgadas as seguintes razões para a paralisação:
-Pagamento parcelado do salário pela segunda vez neste ano
-Não há garantia de quando nem quanto será depositado o restante do valor do salário dos educadores;
-Estão em tramitação na Assembleia Legislativa, diversos Projetos de Lei que atacam frontalmente os direitos dos trabalhadores. Entre eles, um se destaca: o PLC 206/2015 que implica em congelamento dos salários, impede o pagamento do Piso do Magistério e inviabiliza qualquer reajuste salarial, reduzindo serviços públicos para a sociedade;
-Desvalorização do ensino público gaúcho;
-Desrespeito com os educadores, os servidores públicos e toda a sociedade gaúcha.
“Nossa luta não é só por salário, o que é justo e de direito, é por respeito e dignidade pelos educadores e por toda a comunidade escolar”
Saiba mais:
Servidores paralisam, mais uma vez