Uma eleição radicalizada, sem precedentes e por isso também histórica, seja para eleitores, seja para candidatos. Para a própria Justiça Eleitoral, que em Venâncio Aires ficou sob responsabilidade da juíza

Foto: Débora Kist / Folha do MateMaria Beatriz destaca comportamento ordeiro dos venâncio-airenses, mas em uma eleição  radicalizada
Maria Beatriz avalia eleições 2018 após fim do segundo turno

eleitoral Maria Beatriz Londero Madeira, foi algo à parte.

Segundo a magistrada, mesmo a campanha deste ano sendo a mais curta, não perdeu em nada na intensidade. “Foi uma coisa sem precedentes no país e sabíamos que a internet seria o grande ponto da polêmica. Mas não imaginávamos que o extremismo dos eleitores como extensão do extremo das candidaturas, ou vice-versa, chegasse a tanto”, aponta.

A campanha eleitoral durou cerca de 70 dias, mas ao invés das ruas, ganhou força na internet. De ambos os lados, a disputa radical de posicionamentos e opiniões gerou um fator grave, mas praticamente incontrolável nas redes sociais: as notícias falsas. “Se por um lado foi um período sem irregularidade em termos de propaganda eleitoral, essa eleição foi marcada por desavenças até entre familiares e a propagação das fake news”, diz a juíza.

Ainda conforme Maria Beatriz, os ânimos acirrados fizeram a Justiça Eleitoral em todo país se cercar cuidados, com mais segurança no locais que envolviam o pleito. “Foi algo à parte mesmo. Até em Venâncio, que tem um povo muito ordeiro, o clima foi diferente. Felizmente, nada de mais grave aconteceu.”