A noite de sexta-feira, 8 de dezembro, era de roteiro normal para o vendedor e responsável pelo conserto de celulares Juliano Roberto da Silva, de 32 anos, que retornava da academia, por volta das 21h, no bairro Coronel Brito. Foi quando um cão da raça pitbull o atacou e mordeu uma das pernas. Juliano foi atendido e encaminhado ao Hospital São Sebastião Mártir (HSSM), onde ficou quatro dias internado.
Agora, realizando tratamento em casa, ele relembra que o animal tentou atacar a perna direita e, posteriormente, chegou na esquerda, onde mordeu. “Chutei ele, bati com o fone de ouvido, celular e pedras. Ele não soltava. Alguns vizinhos vieram, mas também ficaram com medo. Até que o irmão do tutor conseguiu ajudar”, relata.
Leia mais: Após ataque de pitbull, autoridades debatem prevenção
Juliano diz que não sentiu dor na hora e que, ao levantar, percebeu a gravidade do ferimento e só pensava em ligar para a família. Estava em choque. Após ser internado – quando chegou a ser cogitada a amputação do pé -, ele precisou de cuidados diários em virtude dos riscos de necrose, trombose e infecções. “Acredita que precisei torcer para o pitbull não morrer dentro de 10 dias, por que ia precisar passar por uma série de vacinas caso acontecesse?”, indaga.
O morador do bairro Coronel Brito explica que já foi retirada parte do tecido onde houve a mordida, para depois ser reconstruído. Ele não consegue ficar de pé ou andar, necessitando de ajuda para tarefas cotidianas. “É o período que mais vendemos na loja. Natal, Ano-Novo, época de festas, e fiquei impedido de aproveitar isso. Atrasou todos os meus planos”, lamenta.
Medo
Juliano relata que nunca teve medo de cachorros, tanto que tem um, de médio porte, que fica amarrado no terreno. Mas, agora, fica apreensivo e com medo, pois percebeu que não teve como se defender de um animal desse porte. “Imagina se fosse a minha filha, de 9 anos, tinha matado”, comenta. Ainda assim, a vítima diz não ter raiva do cão ou do tutor, apenas pensa que é necessário o cuidado adequado para que episódios como este não se repitam com outras pessoas. “Não deixo minha filha passar por aquele local, imagina se acontece novamente”, finaliza.
Ajuda
• Com tempo de recuperação projetado de dois a três meses, os colegas de trabalho criaram uma vaquinha on-line para ajudar no tratamento e em possíveis cirurgias necessárias. “Sempre tentei ajudar as pessoas e é bom saber que eles também me ajudam”, agradece Juliano. Quem quiser ajudar, pode acessar o link www.vakinha.com.br/4317338.