Mais um verão se aproxima e os sinais da falta de chuva começam a aparecer. Apesar do temporal que assolou Venâncio Aires há duas semanas, as nascentes do arroio Castelhano preocupam pela falta de água – em decorrência do baixo volume registrado anteriormente. Sendo assim, algumas ações passam a ser necessárias para reduzir os efeitos negativos da estiagem na Capital do Chimarrão.
Segundo o prefeito Jarbas da Rosa, desde 2021 está sendo trabalhado, através da Secretaria de Desenvolvimento Rural, horas-máquina terceirizadas para abertura de açudes em todo o município, além de manter o projeto de nascentes da bacia do Castelhano. O prefeito ainda afirma que são fornecidos reservatórios de água – distribuídos no decorrer do ano – e feitas ações que são intensificadas neste período. Outra medida são os caminhões-pipa, auxílio na abertura de novos poços artesianos e outras atividades.
Lago artificial
Proposto pelo vereador Benildo Soares (Republicanos), a criação de um Lago Artificial foi pauta de reunião da Corsan com a Administração Municipal no fim de novembro. Durante o encontro, ficou decidido que a Corsan contratará uma empresa de consultoria para indicar os melhores projetos para uma nova fonte de captação de água e, entre os abordados, estará o Lago Artificial.
Soares explica que a ideia surgiu em 2008, após anos atuando como bombeiro, onde percebia o Castelhano com nível abaixo do normal. Segundo ele, a ideia foi amadurecendo até chegar no projeto atual e o objetivo é reter a água da chuva que, por vezes, acaba perdida. “O lago teria, também, dois reservatórios. Eles se manteriam cheios e, junto ao lago, quando ocorrer uma estiagem, poderão servir de reserva para o abastecimento no município”, destaca.
Soares exemplifica que durante os temporais que inundaram a cidade, a água foi embora rapidamente e, parte dela, poderia ter sido reaproveitada para consumo. E, de acordo com ele, o lago também serviria como um controlador para possíveis enchentes advindas de grandes quantidades de chuvas que caem rapidamente.
A ideia por trás da criação do lago também tem o objetivo de ser um ponto turístico, com infraestrutura ao redor, campos, concha acústica, pista de bicicleta, academia ao ar livre, pedalinho e outros. Soares afirma que recursos existem e iria à Brasília para conseguir o investimento. “Estou pensando no futuro da população, pode ser feito um corredor turístico junto ao lago. Se o estudo for finalizado em 2023, a obra poderia ser concluída até 2025”, finaliza. O coordenador da Corsan, Ilmor Dörr, destaca que ainda não existe nenhum projeto confirmado, apenas a ideia que foi apresentada e será estudada para testar sua viabilidade de implantação.
Ações
Segundo o coordenador local da Companhia Rio-grandense de Saneamento (Corsan), Ilmor Dörr, neste momento as ações estão concentradas na execução do barramento provisório e o trabalho junto das nascentes, Pagamentos por Serviços Ambientais (PSA) e tratativas com a captação de água pelos arrozeiros, além do plano de comunicação de consumo nacional. “Paralelo a isso, estamos trabalhando constantemente em trabalhos de pesquisa de vazamentos e redução de perdas, trabalho na implantação de um novo poço já perfurado no bairro Bela Vista e, também, perfuração de um novo poço no bairro Aviação”, frisa.