Jovem na política, o vereador Nilson Lehmen (PMDB) desponta como o principal pré-candidato à prefeitura de Venâncio Aires na chapa de oposição. O nome que foi anunciado nos últimos dias – após muitas especulações nos bastidores políticos – foi a aposta que surgiu após a desistência do ex-prefeito Almedo Dettenborn, que teria decidido não concorrer e apoiar um candidato do seu partido. Além disso, a boa aceitação remetida ao índice zero de rejeição apontado em pesquisas de rua, lhe conferiu o papel principal entre os partidos fora de governo, na disputa das eleições de outubro.
Sua atuação pública iniciou enquanto presidente da Taça da Amizade, entre 2005 e 2007. Antes disso, em 2003, já presidia a Juventude do PMDB no município. Entre 2005 e 2006 trabalhou como assessor parlamentar na Assembleia Legislativa, com 21 anos. No final do último governo do então prefeito Almedo, em 2007, passou a ocupar a coordenadoria do Sistema Nacional do Emprego em Venâncio (Casa do Trabalhador) e nas últimas eleições municipais, em 2008, elegeu-se vereador em sua primeira candidatura, com 977 votos.
Embora o resultado de um nova pesquisa ainda seja aguardado para ‘bater o marteloÂ’ e definir os candidatos à majoritária pela oposição, o nome do jovem de 28 anos vem ganhando repercussão e simpatia, inclusive dos demais partidos aliados ao PMDB. é contando com a renovação que os peemedebistas vão para as eleições, com o objetivo de voltar a comandar o Executivo municipal.
A Folha do Mate procurou o vereador para uma entrevista, mas ele preferiu discutir o tema primeiramente com o seu partido e as demais siglas aliadas, para, então, responder perguntas mais aprofundadas sobre a escolha do nome, os desafios e projetos. Segundo ele, ainda não há uma definição concreta em relação ao candidato a prefeito e vice e é necessário discutir e amadurecer conjuntamente um bom plano de governo, que atenda às necessidades da população. “Deve haver primeiro um entendimento, um consenso.” Segundo Nilson, a definição precisa unir não apenas os partidos, mas a sociedade, e deve representar a vontade popular. “O planejamento estratégico se inicia agora, com essas conversas. Quero ouvir todos, mas agora é cedo para se pronunciar. Tudo está em aberto.”
Mesmo sem confirmações, assegura que vem se preparando ao longo de sua vida para uma formação política e técnica. “Me formei no ano passado em Gestão Pública, estou cursando Direito. é necessário buscar conhecimento, se atualizar”, acrescentou.
Sobre Venâncio Aires, disse que é necessário se pensar em um plano de desenvolvimento estratégico que coloque em destaque o município que está entre dois polos (Lajeado e Santa Cruz). “Nós temos esse projeto”, disse.
Questionado se há unanimidade do seu nome entre as siglas, respondeu que “o que se percebe é que há a vontade de mudança de verdade. Uma mudança de pessoas, de membros. Por muito tempo o município foi conduzido pelas mesmas famílias. Uma mudança que seja renovadora e inovadora.” Sobre a definição de um vice, caso seu nome se confirme, disse que o PMDB tem bom relacionamento com todos os partidos e que a intenção da sigla não é ser o ‘grande líderÂ’, mas, sim, mais um membro que lute por um objetivo em comum. “A prova disso são os constantes rodízios das cadeiras na Câmara”, observa Lehmen.