Recomeça nesta terça-feira, às 9h, no salão do júri do Fórum de Três Passos, o julgamento que apura a morte do menino Bernardo Boldrini. Ele foi morto no dia 4 de abril de 2014, vítima de uma superdosagem de medicamentos, quando tinha 11 anos. Seu corpo foi encontrado dez dias depois, em uma cova rasa, dentro da mata, no município de Frederico Westphalen, cidade distante cerca de 80 quilômetros de onde ele morava, em Três passos.

Foto: Reprodução / FMBernardo tinha 11 anos quando foi morto
Bernardo tinha 11 anos quando foi morto

Os réus são o pai do menino, o médico Leandro Boldrini, sua madrasta, Graciele Ugulini e os irmãos Edelvânia e Evandro Wirganovicz. Os quatro estão presos e respondem por homicídio qualificado e ocultação de cadáver. O pai de Bernardo ainda responde por falsidade ideológica.

No primeiro dia de julgamento, foi feito apenas o sorteio dos jurados – cinco homens e duas mulheres – e ouvidas duas testemunhas, as delegadas que trabalharam diretamente no caso. Hoje, a sessão recomeça com o depoimento da terceira testemunha de acusação.

Trata-se de uma empresária que era chamada de mãe pelo menino Bernardo. Afora ela, ainda falta ouvir outras 16 testemunhas. A expectativa é de que o julgamento só termine na sexta-feira, 15.

O advogado do médico é o santa-cruzense Ezequiel Vetoretti, que já atuou em sessões do júri em Venâncio Aires e voltará a plenário no mês de abril. Ele é o advogado de defesa de Salete de Azevedo, apontada como mentora da morte do bancário Júlio Marder. Ele foi morto com golpes de faca, na noite do dia 17 de outubro de 2017, na casa onde vivia com Salete. Ela e mais três pessoas estão presas e sentarão no banco dos réus.