Nova galeria é apontada como solução para alagamentos
Foto: Jaqueline Gomes / Foto do leitorNa casa de uma leitora, cachorro subiu na cadeira para se proteger da água na segunda
Na casa de uma leitora, cachorro subiu na cadeira para se proteger da água na segunda

Foram quase 60 milímetros de chuva durante uma hora no fim da tarde de segunda-feira, 17, em Venâncio Aires. Na cidade, há praticamente um consenso que, quando isso ocorre, a possibilidade de alagamentos é grande. Seguindo a lógica histórica e climática, muita água em pouco tempo resultou em ruas e esquinas alagadas e o corriqueiro transtorno para moradores e motoristas.

Quando isso acontece – e na segunda não foi diferente – , os trechos que mais sofrem são de pontos no bairro Gressler (arredores da Emei Mônica), ruas Silveira Martins e Jacob Becker (próximo ao Estádio Edmundo Feix) e pontos da General Osório e Coronel Agra. Não por coincidência, são trechos próximos onde passa a Sanga do Cambará, que corta Venâncio entre o Gressler e o União.

Para o secretário de Infraestrutura e Serviços Públicos de Venâncio, Renato Gollmann, os alagamentos ocorrem, em parte, porque o sistema de canos e galerias da cidade não comportam a quantidade de água em caso de chuva torrencial. “Na minha visão, a tubulação é ineficiente, principalmente naquela parte onde passa a Sanga do Cambará. Para resolver, só construindo uma nova galeria para dar mais vazão”, afirma. Gollmann revelou que há um estudo por parte dos engenheiros da Prefeitura para a obra. “Estão estudando, mas esse projeto giraria em torno de R$ 4 a R$ 5 milhões. Aí o desafio é conseguir recurso.”

Obras previstas 

Não apenas a galeria da Sanga do Cambará, os demais canos da cidade são considerados ineficientes para o secretário de Obras. Segundo Renato Gollmann, aos poucos isso vem sendo resolvido e cita a troca da canalização de drenagem ao longo de quadras centrais da Osvaldo Aranha. “Os canos têm pouco diâmetro e na Osvaldo foram substituídos os de bitola 20 para 40.”

Em breve, Gollmann diz que a rua 15 de Novembro, trecho entre a Júlio de Castilhos e a Avenida Ruperti Filho, deve ser asfaltada. “Mas antes haverá a troca de canalização, com diâmetro maior.” O secretário revelou ainda que há previsão de obras de drenagem para diversas ruas no sentido centro-bairro, nos trechos entre a Júlio de Castilhos e a Ruperti Filho.

 

Foto: Juliana Bencke / Folha do MateBueiro
Bueiro ‘escondidos’ sob folhas ou com lixo podem contribuir para alagamentos

 Bueiros entupidos 

Uma das pessoas atingidas pelos alagamentos de segunda foi a dona de casa Jaqueline Gomes Soares, que contatou a Folha do Mate para relatar o problema que na rua Major Hermes Pereira, no bairro Gressler. Devido ao volume de chuva e bueiros entupidos na rua, a água não dá vazão, acumula e chega a entrar na casa.

Os bueiros entupidos citados por Jaqueline também são mencionados pela Administração Municipal. O secretário Renato Gollmann diz que não há exatamente um trabalho preventivo por parte da SISP, que geralmente age quando o problema é detectado. Através do caminhão de hidrojateamento da Corsan, uma mangueira de cerca de 80 metros faz a lavagem e a sucção nos canos. “Areia, folhas, garrafas, panos, lixo, aparece de tudo. Os próprios moradores podem ajudar na prevenção, cuidando para não varrer folhas sobre os bueiros e não largar lixo na rua.”

A opinião do secretário é compartilhada pelo coordenador da Defesa Civil, Dário Martins. “É importante essa colaboração do cidadão de não jogar lixo no chão e manter as bocas de lobo limpas.”