Repetindo a movimentação de 22 de março, quando um ato nacional de luta contra a Reforma da Previdência foi realizado em diversas cidades brasileiras, os sindicatos de Venâncio Aires organizam nova mobilização.
Dessa vez, uma greve geral pelo país será na próxima sexta-feira, 14, mas o motivo central é o mesmo: a Reforma da Previdência. Nesse dia, sindicatos e trabalhadores vão protestar contra pontos que entendem como prejuízos diretos a determinadas classes.
No município, o ato é organizado pelo Comitê Suprassindical, formado pelos sindicatos do Fumo, Alimentação e Afins, do Calçado e Vestuário, dos Metalúrgicos, dos Trabalhadores Rurais e dos Comerciários, os quais já sabem que terão o apoio de professores estaduais do Cpers e do Instituto Federal Sul-rio-grandense (IFSul). Representantes destes se reuniram nesta terça-feira, 11, com o comitê, para tratar da mobilização de sexta.
Segundo Nestor de Azeredo, do Sindicato do Fumo, o principal alvo segue a Reforma da Previdência. Os sindicatos consideram que as classes trabalhadoras terão perdas, como o abono do PIS (Programa de Integração Social), o aumento da idade mínima para aposentadorias e o salário-família, que passará a ser benefício de quem recebe até um salário mínimo, no máximo. “Tirar de quem ganha menos não é justo e isso só vai atender ao interesse dos bancos. Além disso, essa proposta precisa ser discutida, tem mais de 270 emendas. Não pode ir à votação do dia pra noite.”
CAMINHADA
A reunião de ontem determinou que, a partir das 8h30min, integrantes dos sindicatos de Venâncio estarão em Santa Cruz do Sul para um protesto na Praça Getúlio Vargas. Durante a tarde, a partir das 13h30min, ocorre o movimento contrário e representantes de sindicatos do município vizinho devem estar na Capital do Chimarrão. Aqui, será realizada uma caminhada pela rua Osvaldo Aranha, entre a 15 de Novembro e a Praça Católica.
IFSul sem aula
Na sexta-feira, o IFSul não terá aula. A informação é do técnico administrativo do instituto, André Siebeneichler, que participou da reunião com o Comitê Suprassindical. Durante o encontro, ele reforçou as dificuldades financeiras que podem atingir o IFSul nos próximos meses. “Hoje vivemos a verba mês a mês. Não sabemos do próximo. Fato é que parte do orçamento foi afetado com os cortes. Pela previsão, não passamos de setembro.”