
Desde pequenas, é o abraço do pai Augusto Weschenfelder, 33, que Ana Luiza, 7, e Maria Eduarda, 9, buscam na saída da escola. Após o tombo, é o beijo dele que elas procuram para curar o joelho ralado. é ele quem sabe, até hoje, como acalmar as mocinhas, já não tão indefesas. E é para ele, que elas dizem “eu te amo”, todos os dias ao acordar, ao dormir e, simplesmente, quando têm vontade. Assim, é há seis anos.
Quando Ana tinha um ano e Duda três, Augusto descobriu que sua figura paterna seria ainda mais importante na vida delas. Pois, ao se separar da mãe das pequenas, decidiu ser um ‘super pai’. Para isso, somou papeis e desenvolveu habilidades, além de contar com o suporte dos pais – Maria Elizabeth e Ildefonso Weschenfelder. “Minha mãe está sempre ali, disposta a dar as respostas que não sei responder e a ajudar de toda forma possível, bem como o avô, outra figura sempre presente na vida delas, um pai duas vezes.”
Enquanto as meninas eram pequenas, as tarefas eram simples. Além do carinho e do amor que nunca faltaram, ele dava banho, trocava fraldas sujas e alimentava. “Sempre foi um prazer para mim.” Ao passar dos anos, os desafios aumentaram e as pequenas ficaram exigentes. Além de super protetor, Augusto precisou desenvolver outros superpoderes, afinal, as meninas crescem.
Graças aos tutoriais do Youtube, o superpai aprendeu habilidades ‘extraordinárias’ para desenvolver com as mãos. Agora, ele sabe fazer coque e tranças. “Procuro me aperfeiçoar cada vez mais, pois minhas duas clientes são exigentes.” Além de ‘cabeleireiro’, nas horas vagas também é manicure, maquiador e designer de moda. “Eu que escolho as roupas delas”, conta orgulhoso.
DESAFIOS
Desenvolver habilidades não foi o grande desafio, segundo Augusto. Para ele, a fase mais difícil foi após a separação. “Elas eram muito novinhas, uma tinha 3 anos e outra 1 aninho, apenas. Se uma separação já é difícil para um adulto, imagina para duas crianças, uma ainda de colo”, lembra e observa “elas sentiam muita falta da mãe e foi muito difícil suprir essa falta.”
Augusto lembra que foram meses difíceis, mas que com a ajuda dos pais e da irmã, Jeanice Weschenfelder Glasenapp, conseguiu enfrentar os desafios. “Toda a minha família, de um forma ou de outra, sempre estava disposta para me ajudar.” No entanto, em determinados momentos as angústias surgiam. “Era aí que entrava a minha mãe para me socorrer.”
Segundo Augusto, é a partir de dona Maria que se construiu a figura feminina dentro de casa. “Sempre tentei responder da forma mais correta possível para que elas compreendessem, mas, em alguns casos, tive que apelar para a avó, que já criou duas filhas e sabe melhor do que eu como explicar certas coisas.”Embora todos os desafios que ainda enfrenta e tende a enfrentar, todo o fim do dia vem a recompensa. Seja no abraço mais sincero das suas meninas ou no “tu é o melhor do mundo”, recebido todos os dias, depois de um dia de trabalho.

à todos os super pais, um Feliz dia dos Pais!