‘Outra noite que se vai’ na Unisc de Santa Cruz

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‘Outra noite que se vai’ na Unisc de Santa Cruz

Conhecido pelo som praieiro ao estilo pop-reggae, o cantor Armando Antônio Silveira, ou apenas Armandinho, subiu ao palco, numa estrutura montada no estacionamento da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), exatamente às 20h30min, como estava previsto, no show da edição de volta às aulas, na noite de quinta-feira, 14.

Durante quase duas horas de show, cerca de 9 mil pessoas ouviram músicas como o sucesso ‘Rosa NorteÂ’, lançado em 2006, e foram embalados pelo resto da noite com: ‘Amor de PrimaveraÂ’, ‘PescadorÂ’, ‘Fio de CabeloÂ’, ‘Sol LoiroÂ’, ‘AnaluaÂ’,  entre outras.

Horas antes do show, o músico concedeu entrevista coletiva – com cara de bate-papo informal – à imprensa, que ocorreu no Aquarius Hotel Flat Residence, em Santa Cruz do Sul.O cantor é gaúcho, natural de Porto Alegre, porém há 10 anos decidiu morar em Santa Catarina, juntamente com sua esposa Naná e as filhas Antônia e Marcela. Sobre o que se considera, gaúcho ou catarinense, o cantor não hesitou em responder: “Meu coração não tem divisória. Isto é algo que o homem criou somente para se dividir politicamente. Eu nasci aqui e amo meu Estado, ninguém vai apagar do meu DNA que sou gaúcho. Mas também não posso virar as costas para um povo que me recebeu tão bem, como Santa Catarina”.

O compositor acrescenta: “E eu sendo gaúcho e querido lá, acredito que ameniza uma rivalidade entre dois estados que são vizinhos”.

 é claramente perceptível a simpatia e a alegria do cantor, que é apaixonado pela natureza, pela vida, pela família e pelo surf. Paciente e sorridente, ele falou sobre sua vida pessoal, principalmente do amor dedicado à família. Sobre sua carreira, o cantor destacou momentos inesquecíveis. Sobre as dedicatórias  falou que ‘AnaluaÂ’, foi uma parceria com a Chimarrtus, e ‘Desenho de DeusÂ’, que é comum os fãs acharem que o sucesso seja uma declaração de amor à esposa, ele afirmou que a letra foi inspirada por Santa Catarina. A letra, ‘Sol loiroÂ’, é totalmente dedicada à esposa.

O regueiro conta que a música entrou na sua vida a partir de um problema de fala: a gagueira. Hoje, com ajuda de fonoaudióloga, o problema diminuiu, mas quando criança o cantor relata que enfrentava alguns problemas. “Quando lia um texto na aula, por exemplo, todos riam, porque eu gaguejava muito. Quando reparei que com a música não gaguejava, comecei a criar música dentro do meu cérebro e lia pensando naquela música. Então, acabei por tornar-me a atração da aula – escolhia um sucesso da época e lia o texto todo em forma de música. Com a melodia enfrentava os meus colegas no colégio.”

O último álbum do cantor é o DVD intitulado ‘Armandinho: Ao Vivo em Buenos AiresÂ’, gravado no ano passado, 2012, na Argentina. O trabalho reúne, além de sucessos da longa carreira, novas músicas, mas em um estilo mais próximo do rock. Conforme o cantor, ao  longo destes últimos três anos, teve uma relação muito forte com Uruguai e Argentina. “Eles passaram a gostar muito da minha música e eu passei também a me relacionar muito com eles, a conhecer a fundo o trabalho de lá e com isso eles tiveram uma influência muito forte na minha música. O som que eles  curtem é o rock. Enfim, acredito que seja apenas uma fase”, destaca.

Ao ser perguntado sobre quais as músicas que não podem faltar no repertório, responde: “Num show é impossível atender ao pedido de todos. O meu trabalho tem uma base de músicas que não podem sair nunca, vou ter que tocar sempre elas. A cada novo trabalho que eu lanço eu tenho que introduzir três músicas novas e dar um ‘stand byÂ’ em três músicas antigas. E isso sempre é uma escolha muito difícil. O ‘Volume 5Â’, que foi lançado em 2009, por exemplo, entrou ‘Desejos do marÂ’, ‘Amor de primaveraÂ’, ‘Fio de cabeloÂ’ e acho que destas aí a única que vai permanecer como um sucesso consagrado é ‘Amor de primaveraÂ’.”

Armandinho conta que antes criava primeiro a melodia. “Pegava o violão e compunha dois, ou três acordes. E somente depois a letra. Hoje com o iPhone, por exemplo, quando estou no avião, no ônibus e não tenho o que fazer abro o bloco de notas e começo a escrever sem melodia. é uma nova forma de compor. é um desafio, mas vamos ver se as músicas vão ficar boas”, diz.

Para 2013 garante que um novo trabalho deve ser lançado e que vai vir mais acústico, em forma de reggae. Músicas antigas e também inéditas farão parte.

Na noite, Armandinho dedicou ‘Outra vidaÂ’ em homenagem ao santa-cruzense Matheus Rafael Raschen, que morreu na tragédia da boate Kiss, em Santa Maria, e à estudante de Medicina, Julia Cristofari Saul. O cantor escolheu a música por acreditar que todas as pessoas, inclusive os dois, possuem outra vida, além desta aqui na terra.

Armandinho tentou encerrar a noite com um coro de parabéns à Unisc, que comemora 20 anos em 2013, mas o público pediu mais e ele atendeu, terminando com ‘SentimentoÂ’.

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