O cheiro de ‘lar doce lar’ está entrelaçado com o aroma do chocolate que dá, semanalmente, forma ao hobby e gera, ainda, uma renda à jovem, Bárbara Schossler, de 24 anos. Os famosos ovos de Páscoa de colher artesanal, conquistaram a estudante de Nutrição e tornaram-se uma forma de empreender.
Feitos com doses de amor, misturados com chocolate e dedicação, ela encontrou uma forma de exercitar a paixão pela culinária cultivada há quatro gerações na família. Bárbara só percebeu que era possível ganhar uma ‘graninha’, após receber também muito incentivo da mãe Sandra Schossler, de 51 anos.
é no momento em que ‘pilota’ o fogão que encontra paz e tranquilidade: “No trabalho, precisamos fazer algo que gostamos para não ficar monótono ou simplesmente trabalhar só por trabalhar”, observa a jovem.
Na manhã de terça-feira, 21, enquanto conversava com a reportagem, aproveitava para derreter o chocolate que daria início a mais uma ‘obra de arte’ do mundo da culinária. “O que me motivou a dar início a produção de ovos de Páscoa de forma artesanal foi o preço que estava sendo cobrado nos estabelecimentos comerciais”, relata. De acordo com ela, os preços eram elevados e muitas pessoas deixariam de comprar por esse motivo. “Resolvi apostar em algo mais ‘em conta’ e com produtos de qualidade para amigos e conhecidos”, destaca.
Munida do talento culinário, ela ‘abusou’ do saber para dar o ‘play’ na nova fonte de renda, que vem gerando bons frutos, mesmo com poucos meses desde o início da produção caseira dos ovos de Páscoa. E se não bastasse, ela também produz docinhos e trufas. Segundo ela, nos aniversários da família, geralmente é a responsável pela produção dos doces. A estudante do 6º semestre de Nutrição, da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), conta que até o momento não fez nenhum curso para a produção de ovos, doces e trufas, mas que está nos planos incluir uma especialização nessa área e, quem sabe, futuramente, tornar-se uma profissional especializada.
ApostaPara dar início ao ‘possível negócio’, a jovem conta que comprou forminhas, ingredientes e apostou. “Eu não sabia se ia vender, se as pessoas iam gostar, eu simplesmente confiei”, diz.
é nas redes sociais e através do ‘boca boca’ dos amigos que as pessoas acompanham, a cada semana, uma nova descoberta de recheio, que hoje já passam de dez: brigadeiro preto, brigadeiro branco, meio a meio, de morango, de coco, paçoca com doce de leite, de limão, maracujá, brigadeiro com confete, leite ninho e, o que o cliente quiser provar divididos em opções de 150 gramas e 300 gramas (somente a ‘casquinha’ do ovo, sem o recheio’).
Quando buscar a Sala do Empreendedor?Em Venâncio Aires, as pessoas que desejam empreender podem buscar auxílio junto a Sala do Empreendedor, junto ao prédio da Prefeitura. Conforme o coordenador do espaço, Tiago Wendt, o ideal para buscar o atendimento é quando se tem a ideia de abrir um negócio. “é indicado que antes de iniciar as atividades, se venha tirar dúvidas. Além disso, vamos informar sobre os passos necessários para a abertura de um negócios e, claro, sobre as vantagens”, diz.
Muitos jovens, como o exemplo da estudante Bárbara, começam a tornar-se empreendedores sem perceber, de pouco em pouco, comercializando apenas para conhecer, mas chega em um momento, de acordo com Wendt que é necessário contribuir e se adequar para oferecer, cada vez mais, um produto de boa qualidade ao cliente. Muitos jovens, buscam pelo Microempreendedor Individual (MEI), onde todas as taxas que dizem respeito ao município são isentas. “E ainda se terá direito de alvará, emissão de nota fiscal e não vai ter nenhum custo em função disso”, explica.