Um fato que vem mexendo com os moradores de Vila Palanque, no 6º Distrito, é a falta de um médico na unidade de saúde. De acordo com a técnica de Enfermagem substituta, Simone Dattein, o posto está sem um profissional há quase duas semanas.
Com isso, o atendimento está voltado para a entrega de medicação, curativos e entrega de receitas de medicamentos, que são levadas por um responsável da Secretaria de Saúde e retornam ao posto com a assinatura de um outro médico.
Para ela, a situação é complicada. “É bem difícil, pois há problemas que não consigo resolver”, destaca. Simone acrescenta ainda que, antes da saída do médico, havia grande procura pelo profissional, que estava no local durante todas as manhãs.

Necessidade
“É um absurdo. Fizeram a reforma e não tem o principal: um médico para nos atender”. Quem reivindica a falta de um profissional é Jonatas Dresch, de 29 anos. Segundo o morador da localidade, quando a família precisou de atendimento médico, teve de se deslocar até o Centro para achar um posto que tivesse o profissional à disposição. “Sabemos que, se vamos até a UPA, começa a sobrecarregar”, acrescenta.
Dessa forma, ele sugere que a melhor maneira de resolver alguns problemas, seria a contratação de um médico por período para o posto. De acordo com o secretário de Saúde, Tiago Quintana, foram três médicos que solicitaram desligamento em um curto período. “Eles saem sem aviso prévio”, destaca.
Para suprir a demanda, um processo seletivo já foi aberto, mas até o momento, houve apenas um inscrito. “Nossa maior dificuldade é achar profissionais. Todo mês temos que fazer a abertura de um processo para contratar”, revela.
Contudo, Quintana afirma que, a partir de hoje, no período da tarde, um médico irá atender no posto de Vila Teresinha, também na mesma situação. Já no 6º Distrito, um revezamento, ainda não definido, será planejado para atender a população até a vinda efetiva de um profissional.

Moradores de Travessa planejam mobilização
Devido ao episódio do fim de semana, com o arrombamento da Unidade Básica de Saúde (UBS) de Linha Travessa, moradores idealizam uma mobilização em frente ao local. Segundo uma das organizadoras, Jacira Camargo, de 49 anos, o ato serve, principalmente, para se ter respostas sobre a reforma do posto, interditado há cerca de um ano por engenheiros por conta de problemas com rachaduras.
Conforme a faxineira, quando há necessidade, os usuários se deslocam até Vila Palanque para serem atendidos, mas, agora, precisam ir até a região central. Após o arrombamento, a indignação foi geral, e o protesto será organizado de forma pacífica para poderem dialogar sobre as condições em que se encontra o posto.
O secretário de Saúde, Tiago Quintana, revela que um recurso municipal de R$ 268 mil foi liberado para reforma e ampliação. No entanto, é aguardada a licitação para a definição da empresa que ficará responsável pelo serviço.
Ele considera, ainda, que o prazo de início pode ser de até 60 dias, se tudo correr dentro do esperado. Após, o objetivo é remontar a equipe de profissionais e seguir com os atendimentos.

