Considerado um dos alimentos indispensáveis para os brasileiros, o pão francês ou o tradicional ‘pão cacetinho’ deve ficar mais caro a partir deste mês, devido a alta no dólar que chegou a R$ 4 nesta semana.
Em Venâncio Aires, segundo o administrador Walter Zappe, o preço do pão deve aumentar de 6 a 10%, a partir deste mês. O quilo que custa R$ 7,40 no estabelecimento ao qual administra deve passar a custar, com o reajuste, aproximadamente R$ 8. De acordo com ele, os fornecedores já alertaram sobre o reajuste da farinha.
Em outra padaria e confeitaria da cidade, o proprietário Evandro Rodrigues, afirmou que na próxima semana o valor do quilo do pão francês deve ser reajustado.
Hoje ele custa R$ 8,50 e passará a custar, com o aumento R$ 9,35. Rodrigues também afirma que outros produtos derivados da farinha devem aumentar, como, por exemplo uma torta simples que custa R$ 35 passará a ser R$ 38.
Mas isso não deve afetar a compra diária que a jovem Carol Flores, 20 anos, realiza. Ela afirma que gosta bastante do pão francês e mesmo com o aumento não vai deixar de comprar o tradicional ‘cacetinho’ todos os dias.
MOEDA AMERICANO
Atualmente, todos os produtos exportados e importados, com a elevação do dólar sofrem algum tipo de consequência. Conforme o economista Eloni Salvi, praticamente tudo sofre com a elevação da moeda americana. Pois, de acordo com ele, o Brasil importa um quarto do que é consumido em território brasileiro e isso acaba sendo transferido para os preços. “Então teremos o efeito do dólar na exportações e na valorização das nossas importações. Gerando uma elevação de preço nos produtos que consumimos”, salienta.
De acordo com o presidente do Sindicato das Indústrias de Panificação e Confeitaria e de Massas Alimentícias e Biscoitos no Estado (Sindispan-RS), Arildo Oliveira, somente em um mês são importados seis milhões de toneladas de trigo da Argentina e dos Estados Unidos. “No caso do pão, especificamente, nós temos um aumento de farinha neste mês de outubro de 10 a 20%”, afirma o presidente. O repasse será feito ao longo do mês, conforme o término dos estoques de cada estabelecimento.
Questionado sobre a possível influência no consumo do produto, Oliveira descarta essa possibilidade: “Não vai influenciar, pois o pão é, ainda, o produto mais barato que tem.”
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