Para não esquecer nomes da nossa história

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Trovador Volmir Martins era conhecido Brasil a fora.. (Foto: Divulgação).

Telmo Kist, hoje corretor de imóveis, foi bancário, vereador, secretário municipal, atleta e técnico profissional do Guarani, comunicador de rádio e músico, que recebeu seu título de Cidadão Venâncio-Airense da Câmara de Vereadores na semana passada – ele nasceu no Passo do Sobrado – publica em sua pagina em rede social um ‘grito’ para valorizar àqueles que constroem história aqui.

Uma sociedade se constrói com o talento da sua gente. Reconhecer estes talentos é dever daqueles que amam o seu lugar e querem que as novas gerações não esqueçam daqueles que escreveram sua história. Embora sejamos um município relativamente novo, nós já temos ilustres conterrâneos que ganharam projeção municipal, estadual e nacional. Domingo, ao assistir o show de João Luís Correa, na Fenachim, recebi com alegria a grande homenagem que o João fez ao falecido Volmir Martins. Falou do seu talento como trovador, afinal ganhou o torneio de Vacaria, maior concurso de trovas do Brasil. Lembrei de quantas vezes o Volmir foi para os Estados Unidos representando a nossa cultura gaúcha. Não tem canto deste país onde não se apresentou. A sua história é linda, a começar pela infância pobre em Travessão Mariante. Lutou e venceu sozinho. Fazia questão de dizer que nasceu em Venâncio Aires e isto eu ouvi muitas vezes nos programas de TV que ele apresentava. Morreu ainda jovem. Mas a sua lembrança há de ser eterna. E uma das formas de se fazer isso, é o município ou alguma entidade tradicionalista criar um espaço, quem sabe um busto, no mínimo uma placa, à memória deste grande gaúcho. Para que estes piás que tocam, trovam e cantam, saibam que antes deles, um foi maior”, escreveu.

Numa conversa com Telmo, no seu estande da Kist Imóveis em parceria com a Luciano Construções na Fenachim, ele me citava a importância que vê em se destacar nomes de gente que fez história para que as novas gerações saibam disso. Além de Volmir, citou nomes do esporte, como o goleiro André Döring, do Inter, Cruzeiro e seleção; do zagueiro Henrique Etges, zagueiro do Grêmio, Corinthians e seleção, ambos nos anos 90, e Eloy Smidt, lateral do Grêmio e da seleção nos anos 60.

Concordo com Telmo. Nossa geração conheceu pessoalmente estes nomes, os viu jogar, mas as novas gerações não sabem quem são. E existem muitos outros nomes da nossa história que precisam ser valorizados, em todas as áreas. Como hoje é 11 de maio, dia dos 128 anos do Município de Venâncio Aires, ecoo essa proposta. É um bom tema para se debater e o Legislativo pode ser o lugar para isso se criar.

Cada vez que ouço a música ‘Roda essa cuia’, que pra mim é um hino à Fenachim, sendo tocada no Parque do Chimarrão, me lembro do Telmo. Ele fez esta música em 1998 a pedido dos Datain, que queriam uma música gaúcha no seu primeiro CD. A música também é de Telmo, com arranjo dos Dattain na primeira versão e de Cristian Oliveira, na época no Chiquito e Bordoneio, na segunda.



Sérgio Klafke

Sérgio Klafke

Diretor de Conteúdo e colunista da Folha do Mate

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