Patrulha Agrícola tem projeto para revitalizar área às margens da 453

-

O coordenador da Patrulha Agrícola, Rodrigo Antônio Vieira Garin, o Rodrigo VT, já tem em mãos o projeto de revitalização para a área localizada às margens da RSC-453 que ficou conhecida como ‘cemitério de árvores’. Por conta da água represada em episódios de cheias do arroio Castelhano, as árvores foram praticamente dizimadas e o local, de acordo com VT, “não passa de um banhado com um cheiro horrível de esgoto”.

Ele e o colega de Patrulha Agrícola, Jair Siebeneichler, circularam pelo ponto atingido em três dias diferentes, acompanhados pelo engenheiro de minas da Prefeitura, Carlos Alves. A intenção era ter noção de até onde a escavadeira hidráulica pode chegar para executar serviços de drenagem. “Em um primeiro momento, é necessário esvaziar aquele pântano. Depois, podemos pensar no processo de replantio de árvores”, afirma.

Segundo o coordenador, algumas valetas que já existem no local e foram assoreadas em períodos de enchente serão desobstruídas, a exemplo das galerias que são responsáveis pela vazão da água junto à rodovia RSC-453. O proprietário da área já foi identificado e autorizou a intervenção. Na tarde de terça-feira, 3, o prefeito Jarbas da Rosa já deu o aval para que a iniciativa seja deflagrada. “Temos o que precisávamos. Agora, vamos lançar as informações no sistema e, assim que for possível, iniciar o trabalho de recuperação”, diz.

Inicialmente, a previsão é de 1.437 metros de escavação, a partir de seis linhas que foram mapeadas pelos servidores. A largura média estimada é de 2 metros, já a profundidade é de meio metro. Após as ações, VT acredita que parte das árvores atingidas pode se recuperar, mas garante que o local não voltará a ser como antes, mesmo com o replantio de mudas nativas. “Imagens do Google Earth nos escancaram as mudanças na área entre outubro de 2016 e abril de 2021. A gente entrou no meio do mato e deu de cara com cenas lastimáveis, mas agora não é hora de chorar pelo leite derramado. O negócio é salvar o que restou e resolver o problema do represamento de água, para que a situação não piore com os anos”, sustenta.

SANGAS

O responsável pela Patrulha Agrícola revela a intenção de desassorear duas sangas que passam pelo local. “Esta seria uma outra etapa, depois da drenagem, que vai permitir o avanço da máquina. Aí o Município terá que pedir autorização para a Fepam (Fundação Estadual de Proteção Ambiental), no sentido de que teremos que refazer as sangas”, relata. Segundo ele, um dos cursos d’água, que passa atrás do Loteamento Benoni, neste ponto tem 4 metros de largura e 2,5 metros de profundidade. No entanto, em outros locais, não passa de 1 metro de largura e 30 centímetros de profundidade. “Uma valeta que a gente consegue pular”, compara.

VT acredita que este pode ser o começo de um grande plano de drenagem urbana. Ele prevê que os serviços avancem para o Acesso Grão-Pará e Loteamento Artus, bem como para demais pontos que têm mata nativa em risco por conta de água represada. “São ações que podem ser realizadas com os recursos que temos. A Prefeitura tem máquinas e profissionais totalmente capazes de executar estes serviços. Nosso gasto será de óleo diesel, apenas. É algo muito barato e, me parece, fácil de fazer. Não sei como nunca ninguém fez”, argumenta.

“É importante que fique claro que não vamos mexer em árvores, muito menos derrubar alguma delas. O que temos que fazer, primeiro, é drenar aquele pântano e permitir o avanço do maquinário. Mais tarde, com a autorização da Fepam, talvez façamos outras ações.”
RODRIGO GARIN, O RODRIGO VT
Coordenador da Patrulha Agrícola

Parcerias

• O coordenador da Patrulha Agrícola, Rodrigo Antônio Vieira Garin, o Rodrigo VT, afirma que já entrou em contato com o gerente da unidade de Venâncio Aires da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), Ilmor Dörr, para tratar de parcerias futuras envolvendo um planejamento de drenagem urbana. “Ainda é algo embrionário, mas desde já estamos buscando apoio para que as ações tenham sequência. Talvez nos ajudem com mudas de árvores para replantio, com máquinas ou, até mesmo, com algum recurso”, avalia.

Leia mais:

Tabaco entressafra: Família Reckziegel, de Linha 17 de Junho, avalia como positiva a experiência



Carlos Dickow

Carlos Dickow

Jornalista, atua na redação integrada da Folha do Mate e Terra FM.

Clique Aqui para ver o autor

    

Destaques

Últimas

Exclusivo Assinantes

Template being used: /var/www/html/wp-content/plugins/td-cloud-library/wp_templates/tdb_view_single.php
error: Conteúdo protegido