Raio-x portátil é usado na avaliação de saúde de apenados (Foto: AI Polícia Penal)
Raio-x portátil é usado na avaliação de saúde de apenados (Foto: AI Polícia Penal)

A Penitenciária Estadual de Venâncio Aires (Peva) deu início, na manhã de segunda-feira, 7, a uma triagem em massa dos apenados para prevenção da tuberculose e outras doenças. A ação, vinculada ao projeto de pesquisa e extensão “Quebrando Barreiras: comunidade prisional na luta contra a tuberculose”, é desenvolvida pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc).

A atividade se estende até o dia 18 de julho e visa o rastreamento de doenças por meio de um processo de avaliação rápida e eficiente da incidência de tuberculose, HIV, sífilis e hepatites virais. O projeto é realizado por meio do Núcleo de Pesquisa e Extensão da Unisc com foco no sistema prisional, ligado ao Programa de Pós-Graduação em Promoção à Saúde, com apoio da Secretaria de Sistemas Penal e Socioeducativo (SSPS), da Polícia Penal e da Secretaria Estadual da Saúde.

A coordenadora do projeto, professora Lia Possuelo, explica que a pesquisa tem financiamento do CNPQ e do Ministério da Saúde, e que outros estabelecimentos prisionais serão beneficiados. “Além da Peva, outras unidades serão contempladas por meio da educação permanente em saúde, assim como outros estados da Federação. É fundamental desenvolver projetos que qualifiquem as ações de saúde para que os privados de liberdade saiam do sistema com uma melhor qualidade de vida”, destacou.

A ação consiste em realizar o diagnóstico com o uso de um raio-x portátil, de inteligência artificial e de teste rápido molecular, tecnologias de ponta na área, além da triagem de doenças infecciosas por meio de testagem rápida e avaliação da prevalência de infecção utilizando exames de sangue. A triagem envolverá mais de 20 pessoas entre servidores da Polícia Penal, trabalhadores da saúde, pesquisadores, intercambistas e bolsistas.

“O apenado, quando entra no sistema operacional, perde o direito à liberdade apenas, mas tem o direito de acesso à saúde e à educação, com respeito e dignidade, o que está sendo ofertado aqui”, reforça o delegado da 8ª Região, Bruno Carlos Pereira.

Tarcila Goulart Delabari, diretora adjunta do Departamento de Tratamento Penal, destaca a grandiosidade da ação. “A tuberculose é um problema de saúde pública de grandes proporções, especialmente no Brasil, onde a incidência da doença no sistema prisional é, em média, 25 vezes maior do que na população em geral”, completou.

O início da atividade contou com a participação do diretor da Peva, Daniel Portela Dornelles, do reitor da Unisc, Rafael Frederico Henn, da coordenadora estadual da Política de Atenção Integral à Saúde das Pessoas Privadas de Liberdade da Secretaria Estadual de Saúde, Renata Maria Dotta, da diretora-adjunta do Departamento de Políticas Penais da SSPS, Lea Bos Duarte, da chefe da Divisão de Saúde do Departamento de Tratamento Penal, Paula Carvalho Gonçalves, e de servidores das instituições.

Fonte: Ascom Polícia Penal