Administrador do HSSM, Luís Fernando Siqueira (Foto: Marcos Jacobi/Terra FM)
Administrador do HSSM, Luís Fernando Siqueira (Foto: Marcos Jacobi/Terra FM)

Venâncio Aires - Além das dificuldades financeiras corriqueiras do Hospital São Sebastião Mártir (HSSM), com déficit mensal de R$ 800 mil, alguns serviços também já viraram desafio. É o caso do plantão obstétrico do Sistema Único de Saúde (SUS) que conta, atualmente, com apenas quatro médicos na escala. Segundo o administrador do HSSM, Luís Fernando Siqueira, considerando um plantão de 24 horas para cada um, seriam necessários, pelo menos, sete profissionais.

“Estamos com uma dificuldade muito grande de conseguir fechar a escala médica do plantão obstétrico para o SUS. Neste período em aberto, temos nosso Pronto Atendimento alinhado para avaliar a gestante e, ao identificar que realmente é trabalho de parto, o Hospital Santa Cruz já está à espera com valores acordados para receber a paciente lá.”

Embora o problema tenha se agravado nos últimos meses, Siqueira revela que a dificuldade acontece há mais de um ano. “A gente trouxe uma empresa [de serviços médicos], conseguiu se mobilizar internamente, cada um dá um pouquinho mais de plantão e fecha-se a escala. Só que agora, no meio do ano, tivemos duas desistências. Aí fomos buscar empresa, porque com o que a gente paga hoje, por causa do déficit, não tem condição de pagar mais, não consegue captar profissionais no mercado.”

Alternativas

Conforme o administrador do HSSM, são analisadas duas alternativas para resolver essa dificuldade. Uma delas é que gestantes de outros municípios, para além da microrregião, façam os partos em Venâncio, e a outra é garantir valores fixos por parte da Unimed. “Existe a possibilidade sim de expandirmos a área de atendimento, ou seja, não fazer só os partos para Venâncio, Vale Verde, Mato Leitão e Passo Sobrado. Daqui a pouco que se agreguem novos municípios que aportem dinheiro, sem que com isso a gente precise aumentar estrutura. O hospital faz 60 partos por mês, tem condições de fazer bem mais, então essa é uma possibilidade. A outra é de trazer a Unimed para essa conversa, afinal de contas, quando um beneficiário da Unimed não consegue que sua obstetra venha fazer o parto no meio da madrugada, quem faz é o nosso plantonista. Hoje a gente cobra por parto da Unimed.”