A Polícia Civil de Venâncio Aires cumpriu, nesta semana, um mandado de busca e apreensão no âmbito de uma investigação que apura a prática de maus-tratos cometidos por pai e mãe contra criança, o próprio filho, de apenas 6 anos de idade. A ação é resultado de denúncias encaminhadas pelo Conselho Tutelar à Delegacia de Polícia, que prontamente instaurou inquérito e iniciou diligências para apurar os fatos.
As investigações indicam condutas graves de negligência e risco à integridade física e psicológica da criança, como a falta de fornecimento de alimentos e itens básicos de higiene, além do hábito de enviar o menino desacompanhado por cerca de seis quadras para comprar comida. Um dos episódios mais alarmantes de maus-tratos contra a criança relatados indica que, após o uso excessivo de medicamentos, o pai teria tentado afogar a criança em uma piscina inflável, o que gerou grande preocupação por parte dos órgãos de proteção.
No cumprimento do mandado de busca, foram localizados na residência diversos frascos de medicamentos de naturezas variadas e uma piscina desmontada, compatível com a descrição feita nas denúncias. As informações também apontam que os responsáveis são usuários frequentes de cocaína, agravando o contexto de vulnerabilidade e exposição da criança.
Diante do cenário constatado, o menino foi retirado dos cuidados dos pais e encaminhado ao acolhimento institucional, em medida de proteção determinada em conjunto com a rede de atendimento à infância e juventude.
O delegado Guilherme Dill destaca que proteger as crianças é dever de todos. “Quando a negligência vem de quem deveria cuidar, o Estado precisa agir com firmeza. A atuação da Polícia Civil, em parceria com o Conselho Tutelar, garantiu a proteção da vítima e a apuração rigorosa da conduta dos responsáveis”.
A Polícia Civil ressalta a importância das denúncias anônimas e do papel ativo da comunidade e dos órgãos de proteção para garantir o direito de crianças e adolescentes a uma vida segura e digna. As investigações seguem para apurar responsabilidades e encaminhar o caso ao Poder Judiciário.
(Fonte: Assessoria de Imprensa Polícia Civil)
