Um fato que aconteceu domingo à tarde, no centro de Venâncio Aires, virou caso de polícia. Uma briga envolvendo menores de idade resultou em ferimentos em um adolescente, de 13 anos, e danos e prejuízos em uma loja. A Polícia Civil tem o nome de pelo menos um envolvido, já que a vítima foi agredida por um grupo de pessoas. “Vamos averiguar, mas quem é menor de idade, responderá a um procedimento de adolescente infrator”, avisa o delegado Vinícius Lourenço de Assunção.

O titular da Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) está preocupado com o caso, que envolve menores de idade e aconteceu em plena luz do dia. Segundo o que foi registrado na DPPA, eram cerca de 16h quando a Brigada Militar foi avisada da briga, na rua Tiradentes, em frente ao ginásio do colégio Bom Jesus. Quando os brigadianos chegaram, a briga já havia encerrado, mas uma vitrine quebrada e muito sangue no chão e até dentro da loja e em algumas roupas, mostravam a gravidade do caso.
Foi apurado que um adolescente, de 13 anos, foi agredido por um grupo de jovens e depois jogado contra a vitrine da loja. O vidro quebrou e além das agressões sofridas, ele se cortou. Socorrido, foi encaminhado ao Hospital São Sebastião Mártir, onde foi medicado e liberado posteriormente.
As agressões foram presenciadas por muitas pessoas, mas os brigadianos só conseguiram apurar o nome de um dos agressores. “Ele está citado na ocorrência e primeiro será preciso identificá-lo para que depois responda ao procedimento de adolescente infrator”, explica o delegado. Os agentes também tentarão identificar outras pessoas envolvidas.
Numa briga, não há vencedores. O que temos são derrotados que pensam ter vencido, tendo, em verdade, perdido o bom senso, a razão e a urbanidade”.
VINÍCIUS L. DE ASSUNÇÃODelegado de Polícia
Violência
São preocupantes os últimos acontecimentos envolvendo menores de idade em confusões, na área central de Venâncio. “As vezes, um olhar já é o suficiente, pois as brigas e discussões em festas, bares e até mesmo em vias públicas são iniciadas por motivos insignificantes”, observa o delegado Vinícius.
Ele ressalta que confusões envolvendo jovens têm sido cada vez mais recorrentes em nossa cidade, e seus resultados, cada vez mais violentos. “O número de envolvidos também tem aumentado e o pessoal que costumava tentar apaziguar os ânimos, ao que parece, prefere não mais se envolver, deixando que os brigões resolvam seus problemas sozinhos”, acrescenta, referindo que “sabem que qualquer tentativa de evitar a briga pode ser mal interpretada pelos envolvidos, colocando-os na mesma posição dos que estão, de fato, participando da contenda”.
Por isso, o titular da DPPA aconselha para que as pessoas se afastem ao verem uma confusão. “Ao ver uma briga iniciando, procure se afastar e afastar seus amigos do local, evitando que a briga de generalize, pois em uma briga não há vencedores”, diz. O que temos, segue o delegado, “são derrotados que pensam ter vencido, tendo, em verdade, perdido o bom senso, a razão e a urbanidade”.
Prejuízos
Uma atendente da loja que teve a vitrine quebrada contabiliza um prejuízo de aproximadamente R$ 2 mil. “Além do vidro quebrado e de ter que manter um segurança particular até hoje [ontem], tinha muito sangue nos vestidos que estavam na vitrine e tudo isso tem que mandar para a lavanderia”, mencionou. A atendente revelou que na madrugada do dia 7 de setembro passado o vidro da vitrine já tinha sido quebrado.