Um caso que envolve uma adolescente de 13 anos, uma criança de 2 anos, os pais delas e um homem de 41 anos chegou ao conhecimento do Conselho Tutelar e já virou caso de polícia. Os conselheiros receberam a denúncia, informando que havia indícios de que a menina de 13 anos estava sendo usada como ‘moeda de troca’, com consentimento dos pais, que residem no interior do município. O crime sexual foi confirmado e a adolescente e a irmã dela foram retiradas do convívio dos pais.
O fato chegou ao conhecimento das conselheiras tutelares depois que as professoras da menina desconfiaram da sua mudança de atitude e descobriram que ela apresentava dores na área genital. Os conselheiros colheram mais informações e descobriram que o homem de 41 anos estava frequentando a casa e que oferecia dinheiro e gêneros alimentícios à família.
Na semana passada eles foram conferir a denúncia e encontraram os pais, a adolescente, sua irmã de 2 anos e o homem, todos na mesma casa. “Quando chegamos a menina estava cozinhando, em um fogão à lenha, e conversei com ela, em separado. Em um primeiro momento ela disse que estava tudo bem, mas depois confirmou que mantinha relações sexuais com o homem de 41 anos”, revelou uma das conselheiras.
A adolescente também confirmou à conselheira que sentia dores na área genital. Diante dos fatos, os conselheiros vieram até a Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) e registraram o caso. Depois, no meio da tarde – e acompanhados por uma guarnição da Brigada Militar -, retornaram à casa da família e encontraram a casa fechada. “Até pensamos que tivessem fechado a casa e saído de lá, mas, na verdade, eles estavam dormindo”, explicaram os conselheiros.
Acompanhados pelos brigadianos, eles entraram na casa e encontraram a menina em um dos quarto, sobre a cama, e o homem de 41 anos no mesmo cômodo, no chão. O casal e a criança estavam no outro quarto. Outra descoberta é que quando o casal saia, o homem de 41 anos ficava como responsável pela criança.
Diante da situação, as conselheiras conduziram as duas meninas até a Casa de Acolhimento. Em uma conversa com uma conselheira, a adolescente se mostrou aliviada por ter sido retirado daquele ambiente. “Ela me disse que só queria um lugar adequado para cuidar da irmã dela e para ela poder descansar”.
O delegado Felipe Staub Cano preferiu não se manifestar sobre o caso, que tramita na Delegacia de Polícia.