Advogado diz que suspeito de dar tiro na ex-mulher tem direito de responder em liberdade

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Hoje faz um mês e meio que uma professora foi vítima de uma tentativa de feminicídio, no interior de Venâncio Aires. A mulher, de 51 anos, acusa o ex-marido, de 54 anos, de ser o autor do tiro de espingarda que a atingiu no ombro. A vítima sobreviveu e o delegado Vinícius Lourenço de Assunção representou pela prisão preventiva do suspeito, que foi decretada pelo Poder Judiciário. Por isso, desde o dia 17 de julho, dois dias depois o fato, o suspeito do atentado é considerado foragido.

Descrito pela defesa do réu como “um lamentável e triste episódio envolvendo o acusado de ter efetuado um disparo de arma de fogo contra sua ex-esposa”, o caso aconteceu na localidade de Linha Arroio Grande. Mas para a defesa, há outra versão para o ocorrido. “Esclareço à toda comunidade que os fatos não ocorreram conforme descrito na ocorrência policial”, alega o advogado Marlon Kist.

Segundo ele, a defesa está realizando uma investigação paralela na busca de provas e elementos que elucidem os fatos envolvendo o acusado e sua ex-esposa. “Sendo que essas investigações já surtiram efeitos nas últimas semanas, conforme notícias divulgadas pela imprensa local e que oportunamente serão apresentadas ao magistrado responsável pelo caso”.

Kist revela que diante das investigações e das informações já coletadas e relacionadas ao acusado e sua ex-esposa, já possui uma linha de atuação processual e uma tese de defesa. “Mas considerando a garantia do sigilo profissional e a proteção ao meu constituinte, a defesa apenas irá se pronunciar nos autos em momento oportuno”, informa, ressaltando que foi a defesa que indicou à Polícia Civil aonde estava a arma – que é de propriedade do acusado – de onde partiu o disparo.

Local seguro

Sobre o fato do suspeito do atentado não ter se apresentado e ser considerado foragido, a defesa garante que ele permanece resguardado em local seguro, com objetivo de preservar a sua vida e sua integridade física. “Embora a Justiça local tenha decretado sua prisão preventiva, o mesmo apenas e tão somente não se apresentou por que está buscando na instância superior um salvo conduto para poder responder ao processo em liberdade e provar a comunidade e a Justiça, que os fatos não ocorreram conforme noticiado”.

A defesa ainda salienta que é direito do acusado, que é primário, de bons antecedentes, família constituída, profissão definida e endereço fixo, de responder o processo em liberdade, conforme lhe autoriza a lei.

Por fim, a defesa técnica esclarece que, embora não tenha sido exitoso o pedido de liminar no habeas corpus interposto em favor do acusado perante o Tribunal de Justiça do Estado, o mérito do pedido ainda não foi julgado. “E saliento que acaso o pedido venha a ser negado, a defesa ingressará com recurso na instância superior, cujo propósito visa garantir o direito de seu constituinte de responder a acusação em liberdade”.

“Diante das investigações e das informações já coletadas, a defesa técnica já possui uma linha de atuação processual e uma tese de defesa, mas só vamos nos pronunciar nos autos, em momento oportuno.”

MARLON KIST – Advogado



Alvaro Pegoraro

Alvaro Pegoraro

Atua na redação do jornal Folha do Mate desde 1990, sendo responsável pela editoria de polícia. Participa diariamente no programa Chimarrão com Notícias, com intervenções na área da segurança pública e trânsito.

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