Barreiras mantidas e buscas seguem com apoio do helicóptero. (Foto: Alvaro Pegoraro)
Barreiras mantidas e buscas seguem com apoio do helicóptero. (Foto: Alvaro Pegoraro)

A Brigada Militar mantém o cerco à quadrilha que assaltou, por volta das 12h30min de segunda-feira, a agência do banco Sicredi da localidade de Linha Monte ALverne, distrito de Santa Cruz do Sul. As barreiras estão concentradas na região de Linha Arroio Grande e Centro Linha Brasil, onde um suspeito foi visto tentando abordar a condutora de um automóvel. Mas o tenente coronel Moresco garante que há patrulhas em toda a região.

O ASSALTO

Faltavam alguns minutos para o meio-dia de ontem quando um morador de Linha Arroio Grande viu três veículos estranhos passarem em frente à sua casa. Ele nem imaginava que dentro deles estavam os integrantes da quadrilha que seguia para Linha Monte Alverne, distrito de Santa Cruz do Sul, onde assaltaram a agência do Sicredi. “Achei que era até da Prefeitura e que poderiam estar olhando as estradas. Mas depois soube que eram os assaltantes”, disse o agricultor.

O homem, que pediu para não ser identificado, mencionou que preparava o almoço e, naquele momento, estava em frente à residência, tomando um copo de vinho, quando os veículos passaram. “Não sei as marcas, mas era um bordô, um vermelho e um azul escuro, grande”, explicou.

O bando foi a Monte Alverne só com o Ônix bordô. Eles usaram pessoas para fazer um cordão humano em frente à agência, que foi invadida depois de ter os vidros quebrados a tiros. “Tem marcas de tiros nas paredes e em alguns carros”, comentou Mauri Frantz, subprefeito de Monte Alverne.

Foi roubado o dinheiro dos caixas, mas o valor não foi informado. Duas pessoas foram levadas como reféns, mas libertadas na saída da localidade. Outras três ficaram levemente feridas, devido aos estilhaços dos vidros.

Na fuga, o Ônix foi atravessado e incendiado sobre a ponte do Arroio Castelhano, em Monte Alverne, impedindo a passagens de veículos. Pouco depois, os assaltantes abordaram o padre Irineu Sehnem, que reside em Venâncio e seguia com seu Gol em direção a Monte Alverne. O bando estava ao lado de um Fiesta vermelho, com placas de Porto Alegre, mas tinham perdido as chaves deste veículo.

O padre foi obrigado a sair do carro e viu os ladrões fugirem. O Gol foi abandonado logo em seguida, em Linha Antão. A fuga seguiu no carro azul escuro, que, provavelmente, é um Volkswagen Virtus.

HELICÓPTERO
O tenente coronel Moresco chegava na sede do 23º Batalhão de Polícia Militar (23º BPM), para uma reunião de oficiais, quando foi informado do roubo ao banco. “Nem entrei no prédio, já nos organizamos e saímos para atender a ocorrência”, revelou. O comandante do 23º BPM explicou que não há mais um grupamento naquele distrito, como havia anos atrás, mas garantiu que o policiamento é feito diariamente. “No instante do assalto havia uma patrulha se deslocando para lá, mas estava a uns 15 minutos de distância quando o bando fugiu”, explicou.

Todas as Companhias da região foram mobilizadas e 22 patrulhas deslocadas a Venâncio Aires e arredores, para onde o bando fugiu. Foi feito um cerco, inclusive com apoio de um helicóptero da BM.

ARROIO GRANDE
Ontem à tarde, um morador de Linha Arroio Grande disse ter visto um desconhecido tentar abordar uma mulher, que passava de carro pela ERS-422. A mulher não parou e, segundo o informante, o indivíduo fugiu para a mata. “Não podemos afirmar, mas ao que tudo indica é um dos assaltantes, tentando fugir”, observou o tenente coronel Moresco.

As guarnições foram para aquela região, onde o helicóptero fez sobrevoos. Todos os veículos eram abordados e, por precaução, tinham os porta-malas abertos. Ônibus também eram parados para que os brigadianos conferissem quem estava em seu interior.

O tenente coronel Moresco, que comanda a ação, garantiu que o cerco será mantido. “Ficaremos aqui e se porventura venha a acontecer um confronto, agiremos da melhor maneira possível, conforme nos é permitido nestas situações”, disse.