Brixius vai levar caso de agressão à Justiça, mas quer ‘virar a página’

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Depois da grande repercussão da briga entre torcedores de Grêmio e Inter em Venâncio Aires, após o Gre-Nal 429, na tarde de domingo, 24, o cônsul do Colorado, Roberto Leandro Brixius, procurou a Folha do Mate na manhã de terça-feira, 26, para dar detalhes sobre o ocorrido, informar que irá procurar seus direitos na Justiça e, ao mesmo tempo, enviar mensagem de paz e conscientização: “É hora de virar a página”.

Brixius registrou o caso de agressão na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) de Venâncio Aires na segunda-feira, 25. “Eu fiz o registro da agressão que sofri. Estamos utilizando as imagens das câmeras de segurança para identificar os agressores”, ressaltou. O cônsul lembrou que estava trabalhando em um dos locais em que foram aplicadas as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). “Quando acabou o Enem, o jogo já tinha terminado. Cheguei lá na Vainter para comemorar. Estava sem a camisa do time, pois estava trabalhando. Não demorou muito e só vi os estilhaços de garrafas voando e o tumulto começando”, disse.

Brixius relatou que minutos antes torcedores do Grêmio passaram em frente à Vainter, na avenida Ruperti Filho, que estava tomada por colorados comemorando. “O carro passou e houve uma conversa entre gremistas e colorados. No vídeo é possível ver alguém jogando um copo com líquido nos colorados. Com isso, o pessoal se revoltou e acabou chutando e amassando o carro. Uma ação não justifica a outra”, afirmou. “Passou uns 30 minutos, dois carros estacionaram em frente à sede e os gremistas começaram a descer. Só vi quando as garrafas estavam rolando”, reforçou.

Brixius salientou que, em instantes, foi chutado e agredido a socos. “Eles viram que eu estava quase desmaiando e, quando a Brigada chegou, pararam de me bater. Logo depois tive que buscar atendimento na UPA e ir para o hospital, pois quebrei a mão”, falou, ao mostrar as marcas no rosto e braço. “Eu só lembro que eram uns cinco que me derrubaram. Fui defendendo meu rosto e os dentes. Eu temi pela minha vida naquele momento”, destacou Brixius.

Hora de ‘virar a página’

Após o registro na Delegacia, o torcedor colorado busca a coleta de provas e já acionou um advogado para o acompanhar no caso. “Eu quero justiça. Porque uma coisa não justifica a outra. Eu pergunto: o que é mais danoso, uma vida ou um dano material? Já estou tomando as medidas na Justiça.”

O cônsul relatou que essa é a primeira vez que ele passa por uma situação de agressão e reforçou que o episódio é algo isolado. “O colorado pode continuar frequentando nossa entidade, afinal o Consulado do Inter sempre pregou a paz e vai continuar com esse lema. A comunidade sabe do nosso trabalho. Esse foi um ato isolado, já que nunca tive nenhum tipo de problema com nenhum torcedor do Grêmio”, disse.

Para ele, o ato não condiz com o trabalho desempenhado pela Vainter. “Vamos tentar ‘virar a página’ e dar um ponto final. Agora é hora de deixar a Justiça fazer o restante”, concluiu.

“Eu nunca briguei na vida. Tenho dois filhos e quero ser exemplo para eles. Vamos tentar ‘virar a página’ e continuar com nosso lema: a paz entre torcidas.”

ROBERTO LEANDRO BRIXIUS

Cônsul do Internacional

*Colaborou Daniel Heck

    

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