O delegado Felipe Staub Cano finalizou e encaminhou ao Poder Judiciário, nesta quarta-feira, 18, o inquérito policial que apura um crime praticado no início da noite do dia 20 de julho deste ano, na localidade de Linha Herval, interior do município. O titular da Delegacia de Polícia concluiu que o dono do estabelecimento que atirou e matou um rapaz de 23 anos, agiu em legítima defesa. Além disso, também indiciou outros três jovens, que teriam participado e se beneficiariam da ação.
Segundo o que apuraram as investigações, Guilherme Rodrigues da Silva Costa, 23 anos, foi morto com dois tiros de espingarda, durante uma tentativa de assalto em um mercado. “Ele entrou no local empunhando uma pistola, anunciou o assalto e agrediu um cliente e a esposa do proprietário do estabelecimento”, explicou o delegado Cano.
O dono do mercado, que estava em outro local, viu a ação à distância e se armou com a espingarda calibre 32. “Mas ao ver que sua esposa estava sendo agredida, ele atirou. Não tinha outro recurso e não tinha como saber que a arma era de brinquedo”, observou o titular da DP. Atingido por dois tiros, Gui, como o rapaz era conhecido, morreu no local.
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As investigações avançaram e se descobriu que logo após os tiros de espingarda, um rapaz chegou no mercado. Em seguida, outras duas pessoas (um rapaz e uma garota) se aproximaram, viram a cena e os três saíram do local em um automóvel.
Segundo o delegado Cano, as investigações apuraram que o rapaz que foi morto chegou no local de carona, no mesmo automóvel onde estavam o rapaz e uma garota. O outro jovem que chegou no local do crime teria ficado à distância, acompanhando a movimentação. “Concluímos que estes três jovens têm participação no crime e por isso eu os indiciei”, revelou Cano.
Os três indivíduos, que não tiveram os nomes divulgados, foram indiciados por roubo majorado tentado. “Conclui que todos se beneficiariam com o assalto”, salientou o delegado. O proprietário do estabelecimento, ressaltou o delegado Cano, agiu em legítima defesa.
“Importante deixar claro que ele (dono do estabelecimento) agiu dentro do direito, com o intuito de defender sua esposa e que sua arma estava registrada.”
FELIPE STAUB CANO
Delegado de Polícia
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