Primeiro júri do ano será realizado terça-feira, 28, e trata de uma tentativa de feminicídio, praticada no dia 11 de agosto do ano passado, no centro de Venâncio. Segundo a denúncia do Ministério Público, Lisandro Rafael Posselt, 28 anos, tentou matar a tiros a namorada, Micheli Schlosser, 25 anos. A jovem foi atingida por cinco tiros e sobreviveu. O réu está recolhido preventivamente na Penitenciária Estadual de Venâncio Aires (Peva).
A sessão inicia às 9h, no Salão do Tribunal do Júri. A defesa do réu será feita pelo advogado Jean Menezes Severo e a acusação está a cargo do promotor Pedro Rui da Fontoura Porto. Os trabalhos serão presididos pelo juiz João Francisco Goulart Borges.
RELEMBRE O CASO
O atentado foi praticado por volta das 20h, na Travessa São Sebastião Mártir, bem em frente a igreja Matriz. Era um domingo e a vítima disse que havia passado a noite anterior e até o começo da tarde daquele dia, com o acusado. “Fomos em um baile, dormi na casa dele e depois almocei na casa de uma tia dele”. À tarde, ela, uma prima, a irmã gêmea e o marido dela foram ao centro, tomar chimarrão.
Por volta das 17h o acusado chegou e sentou ao lado da vítima. Quando eram quase 20h, ela anunciou que iria embora e Posselt entrou em seu carro e saiu. Quando a vítima estava chegando no carro do cunhado, viu que o acusado estava se aproximando, em uma moto, e decidiu entrar no veículo.
A vítima disse que seu namorado desceu da moto e da parte traseira do carro, começou a atirar. Sua prima estava do seu lado, mas não foi atingida. Micheli foi socorrida pelos familiares e encaminhada ao Hospital São Sebastião Mártir, sendo constatado que foi atingida por cinco tiros. Dois disparos acertaram a parte de trás da cabeça, um as costas e dois o braço esquerdo. Os projéteis ficaram alojados em seu corpo. Um deles estava próximo da coluna, mas não lhe causou nenhuma limitação motora.
No dia seguinte, Posselt foi à Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) acompanhado por um advogado e prestou depoimento. Ele também entregou o revólver calibre 22, usado no atentado. O delegado Felipe Staub Cano representou pela prisão preventiva e ele foi encaminhado à Peva.