Espíritas denunciam médium por assédio e condutas impróprias

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Um médium que atua em Venâncio Aires há mais de 20 anos, está sendo denunciado por assédio sexual e outras práticas contrárias aos estudos sobre o espiritismo. O caso já foi comunicado na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) e ontem um dos envolvidos esteve na redação da Folha do Mate. “Nos afastamos dele, mas ele segue atendendo normalmente e agora está como ele quer, sem ser vigiado por ninguém”, mencionou um dos denunciantes.

Este homem, que há seis anos estuda o espiritismo e trabalhou e estudou por cerca de um ano e meio com o denunciado, disse que inicialmente achava que aquilo eram práticas normais. “Mas com o passar do tempo tive certeza que não eram e que ele usava da fé das pessoas para se aproveitar delas”.

O denunciante explica que havia um grupo de pessoas que estudava o espiritismo semanalmente e que durante os atendimentos, o médium costumava distinguir as clientes mas jovens e bonitas, das demais pessoas. “Se eram homens ou mulheres mais velhas, nem olhava direito. Vi ele fazer isso muitas vezes”, garante.

Segundo disse, o médium pedia que as garotas que procuravam ajuda se sentassem ao seu lado e ali permaneciam durante toda a noite. “Ele colocava a mão nas pernas delas, dava beijos do rosto e pegava as mãos das meninas e colocava sobre as suas pernas”, recorda. Para agir assim, dizia que a garota estava com um espírito obsessor e ela precisava voltar mais vezes para fazer uma desobsessão.

Para impressionar, observa o denunciante, o médium simulava ligações telefônicas para pessoas de alto poder aquisitivo e até conversas com espíritos que pairavam sobre o local dos atendimentos.

ASSÉDIO

Já descrente sobre a atuação do médium, o denunciante se deparou com outra situação. Um médium que frequentava semanalmente a casa se afastou repentinamente, ao saber que o denunciado havia feito propostas indecentes para a sua sobrinha. “Ele falou que a garota precisava dormir com ele para tirar os espíritos malignos”.

O episódio que determinou o afastamento do denunciante da casa aconteceu quando o médium ‘se passou’ com uma garota que estava iniciando os estudos e precisava de ajuda. “A conduta dele é muito ruim. Estamos aqui para tentar ser exemplos”, observou.

Conforme ele, a garota conversava muito com o médium e acreditava nele. Uma vez, depois que a garota se separou – por orientação do médium -, ele a convidou para almoçarem juntos e neste encontro, propôs que ela fosse sua amante. “E até lhe ofereceu ajuda financeira”.

A jovem não aceitou, mas continuou frequentando a casa, até que ele a convidou para ir até o seu quarto e a beijou a força. Ela saiu de lá e parou de frequentar o centro espírita. Depois deste episódio, quatro frequentadores da casa se reuniram com o médium, em uma reunião, e o questionaram sobre as denúncias. “Mas ele negou tudo”, disse o denunciante. Naquela semana o médium não atendeu mais, mas na semana seguinte retornou à cidade e trocou as fechaduras. “E segue atendendo normalmente, o que nos causa ainda mais preocupação”.



Alvaro Pegoraro

Alvaro Pegoraro

Atua na redação do jornal Folha do Mate desde 1990, sendo responsável pela editoria de polícia. Participa diariamente no programa Chimarrão com Notícias, com intervenções na área da segurança pública e trânsito.

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