Estado registra queda nos homicídios nos primeiros dois meses do ano

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A Secretaria de Segurança Pública (SSP) divulgou, nesta terça-feira, 15, os dados da criminalidade no Estado referente ao primeiro bimestre de 2022. Os homicídios tiveram redução de 10,8%, caindo de 295 no ano passado para 263 este ano. Os feminicídios, no entanto, aumentaram 11,8%, passando de 17 em 201 para 19 nos dois primeiros meses deste ano.

Em Venâncio Aires, os homicídios se mantêm na mesma média no período, nos dois últimos anos. Foi registrado um caso no primeiro bimestre do ano passado e um neste ano. Na região, Cruzeiro do Sul aparece com a melhor média: baixou de quatro casos em 2021, contra nenhum este ano. A capital Porto Alegre passou de 46 homicídios no primeiro bimestre de 2021 para 36 assassinatos no período, este ano.

Referente aos feminicídios, a Capital do Chimarrão se mantem sem ocorrências. O último crime do gênero foi registrado em janeiro de 2020.

O destaque na queda de assassinatos em fevereiro foi o município de São Leopoldo, no Vale do Rio dos Sinos. Com 240.378 habitantes (conforme a mais recente estimativa do IBGE, sendo a nona maior população entre os 497 municípios do Rio Grande do Sul), a cidade terminou o mês de fevereiro sem homicídios.

Além disso, com 130,2 mil veículos em circulação – a 10ª maior frota do RS conforme estatística do Departamento Estadual de Trânsito -, São Leopoldo teve em fevereiro apenas nove roubos de veículos, uma queda de 63% na comparação com as 24 ocorrências do mesmo mês no ano passado.

Os ataques a banco entre janeiro e fevereiro caíram de nove em 2021 para três neste ano (-66,7%). Na mesma comparação, os roubos a ônibus e lotações reduziram de 224 para 125 (-44,2%).

No Estado, os casos de latrocínio aumentaram de sete casos em 2021 para nove em 2022, um aumento de 28,6%. Na região há um latrocínio praticado na noite do dia 13 de fevereiro, no interior de Santa Cruz do Sul.

Feminicídios

Nos dois primeiros meses deste ano, os casos de feminicídios passaram de 17 para 19, um aumento de 11,8%. Ao analisar um por um dos 96 feminicídios ocorridos ao longo do ano passado, a Divisão de Proteção e Atendimento à Mulher (Dipam), do Departamento de Proteção à Grupos Vulneráveis (DPGV) da Polícia Civil verificou que somente dez possuíam medida protetiva de urgência (MPU) na época do fato. Ou seja, 89,6% das vítimas não tinham o amparo de MPU vigente. O estudo apontou ainda que 67% das 96 vítimas sequer tinham algum registro de ocorrência contra o agressor.



Alvaro Pegoraro

Alvaro Pegoraro

Atua na redação do jornal Folha do Mate desde 1990, sendo responsável pela editoria de polícia. Participa diariamente no programa Chimarrão com Notícias, com intervenções na área da segurança pública e trânsito.

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