Fiscalização apreenderá objetos em bares que não cumprirem o decreto

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Promotor Pedro Rui da Fontoura Porto deu aval aos órgãos de segurança é à fiscalização da Prefeitura para atuar com mais rigor nos estabelecimentos que desrespeitam o decreto municipal. O representante do Ministério Público quer evitar aglomerações, uma das principais medidas de combate à proliferação do novo coronavírus.

A orientação de Pedro Porto é para, se necessário, recolher mesas de bilhar, freezers e até mesas e cadeiras em locais que não obedecem as determinações. “Segundo apurei com a fiscalização da Prefeitura, os maiores problemas estão em bares localizados na periferia e no interior, onde as pessoas se reúnem para jogar snooker e bocha, principalmente”, observa.

Ainda conforme o promotor, há situações onde os donos dos estabelecimentos romperam lacres e voltaram a funcionar, desrespeitando uma determinação judicial. “Estão cometendo um crime, previsto no Código penal”, avisa. Pedro Porto se refere à desobediência, que resulta em crime contra a saúde pública.
Portanto, a orientação, além da apreensão dos objetos, da emissão de um Termo Circunstanciado e da multa de aproximadamente um salário mínimo. Depois que a pandemia passar, explica o promotor, os donos de estabelecimentos poderão reaver seus bens. “Mas só depois de pagar a multa”, sentencia.

Ao comentar sobre as orientações do MP, a fiscal Daniele Mohr ressaltou que elas serão cumpridas, com apoio da Brigada Militar. “Trata-se de um crime contra a saúde pública e vamos atuar de acordo com as determinações”, avisa a coordenadora técnica da Secretaria da Fazenda.

COMPETÊNCIA
Falando sobre a competência de cada gestor público, o promotor deixou claro que o presidente Jair Bolsonaro determina regras gerais no Brasil, mas cada estado e município pode determinar suas próprias regras. “Não há por que pensar que o que presidente ou o novo ministro determinar, valerá para todos os municípios. Cada caso é um caso”, menciona.

Pedro Porto exemplifica se referindo ao Sistema Único de Saúde (SUS). “O SUS funciona nas três esferas, mas a que mais de frente atende os cidadãos são os municípios. São eles que sentem a situação conforme a gravidade, sabem dos índices de contaminação e os recursos que dispõe. Por isso cada um deve agir de acordo com a sua realidade”.



Alvaro Pegoraro

Alvaro Pegoraro

Atua na redação do jornal Folha do Mate desde 1990, sendo responsável pela editoria de polícia. Participa diariamente no programa Chimarrão com Notícias, com intervenções na área da segurança pública e trânsito.

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