Promotor Fernando Buttini recorreu da decisão da juíza Márcia Inês Doebber Wrasse, que colocou em liberdade dois suspeitos de envolvimento na morte do diretor de futebol do Esporte Clube Guarani, Éderson Luiz da Silva, 36 anos na época. O representante do Ministério Público (MP) quer que a decisão seja reconsiderada, para que Cristiane Aline da Silva, irmã de Éder, e Diego Ribeiro (ambos com 29 anos), voltem à cadeia e aguardem presos o julgamento.
A decisão de conceder a liberdade provisória dos suspeitos foi tomada após a última audiência do caso, que foi realizada na tarde do dia 17 passado. Naquele dia foram ouvidas testemunhas de acusação – entre elas agentes da Polícia Civil -, defesa e os dois réus no processo. “O recurso do MP está em fase de apreciação pela defesa, que apresentará uma contraversão e então ele será analisado pela juíza”, explicou Buttini.
O representante do MP observa que se a magistrada mantiver a decisão – de manter a liberdade dos suspeitos -, o recurso sobe para análise do Tribunal de Justiça (TJ). Caso a juíza acate o pedido do MP, Cristiane e Ribeiro podem voltar à cadeia.
Investigações
A dupla estava presa preventivamente desde o mês de fevereiro. Para o delegado Felipe Staub Cano, responsável pelo inquérito policial, Cristiane é a mentora do crime e convidou Ribeiro, seu ex-namorado, para executá-lo. Este, por sua vez, contratou outras duas pessoas para irem até a casa da vítima, no interior de Mato Leitão. “A intenção era praticar um furto patrimonial, mas Silva acabou flagrando duas pessoas dentro da sua casa e foi morto a tiros”, explicou o titular da Delegacia de Polícia.
“Já recorri da decisão da juíza e espero que ela seja reconsiderada e que os dois suspeitos aguardem o julgamento presos.”
FERNANDO BUTTINI
Promotor de Justiça
Os agentes da PC apuraram que a vítima retornou de um treino do Guarani, realizado no interior de Mato Leitão, e ao chegar em na propriedade, em Vila Santo Antônio, entrou pela porta dos fundos e se deparou com eletrodomésticos e outros objetos no chão, sendo preparados para serem carregados. Havia duas pessoas no local e Silva tentou fugir correndo, para os fundos da propriedade, e foi atingido por três tiros, morrendo no local.
Durante as investigações, os agentes chegaram ao nome de Cristiane e, posteriormente, ao de Ribeiro. Ela falou do seu envolvimento, mas ele sempre negou qualquer participação no caso. Foram feitas diligências para tentar identificar os dois indivíduos envolvidos diretamente na morte de Silva, mas todas sem sucesso. Silva era casado e pai de um casal de filhos.
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