Balanço da acidentalidade no primeiro semestre, apresentado ontem pelo Departamento de Trânsito (Detran/RS) aponta para o menor número de mortes no trânsito do Rio Grande do Sul desde 2007. Foram 806 mortes de janeiro a junho nas vias gaúchas, um número ainda muito alto, mas 7% menor do que no mesmo período do ano passado, quando morreram 865 pessoas. Nas rodovias e área urbana de Venâncio Aires, a redução é de 50%. Foram oito mortes em 2018, contra quatro no mesmo período deste ano.
Na Capital Nacional do Chimarrão, historicamente acontecem mais mortes nas rodovias do que na área urbana. Dos quatro casos registrados nos primeiros seis meses deste ano, todas foram em rodovias, sendo duas mortes na RSC-287 e duas na RSC-453. As vítimas são três homens e uma mulher. Das oito vítimas do primeiro semestre de 2018, cinco eram homens. Foram três mortes na RSC-287, duas na RSC-453, uma na ERS-244 e duas na área urbana.
Se contabilizadas todas as mortes no trânsito deste ano, o número chega a sete vítimas, entre janeiro e ontem. No ano passado, no mesmo período, foram 11 mortes.
Os dados do Detran RS revelam que a violência no trânsito vem diminuindo desde 2010, quando foi registrado o pico da acidentalidade no Estado, com 1.147 mortes no 1º semestre. Em Venâncio, neste ano, foram 19 mortes no trânsito, sendo 14 do sexo masculino. O maior número de mortes no trânsito no município foi registrado em 2012, com 21 mortes, sendo 16 homens. Destas mortes, 16 foram em rodovias. Foram sete mortes na RSC-287, cinco na RSC-453, três na ERS-422, três em estradas do interior e três na área urbana.
ACIDENTES
Análise dos acidentes no primeiro semestre define as colisões frontais ou traseiras como responsáveis por 34,5% das ocorrências com mortes, seguidas pelos atropelamentos (23%) e das colisões laterais (12%). Os automóveis são os mais frequentes nas tragédias, representando 36% do total de veículos envolvidos nos acidentes fatais. Relativamente à frota é um percentual baixo, considerando que são 61% dos veículos em circulação. As motocicletas e motonetas, ao contrário, representam 17% da frota e foram 22% dos veículos envolvidos em acidentes fatais.
Das sete vítimas deste ano no município, três eram condutoras ou caroneiras de motos, duas andavam de bicicleta, uma era caroneira de um automóvel e uma foi atropelada.
A análise do Detran RS mostra que os fins de semana concentraram a maioria das ocorrências (51% se somadas as sextas, sábados e domingos) e o turno da noite foi o mais perigoso, acumulando 36% dos acidentes fatais. Cinquenta e oito por cento das ocorrências com mortes aconteceu em rodovias.
Em Venâncio, levando em conta as sete mortes registradas este ano, este número é praticamente igual: 57% das mortes foram em rodovias. Se forem analisadas somente as mortes do semestre (4), este percentual é de 100% (duas mortes na RSC-287 e duas na RSC-453).
VÍTIMAS
A maioria das vítimas no trânsito no período de janeiro a junho deste ano estava na condição de condutor de veículo (27%). Somando-se aos 16% que morreram na condição de passageiros, quase metade morreu dentro de carros. Os motociclistas também preocupam, representando quase 25% do total de mortes, assim como os pedestres (21%).
Seguindo um padrão histórico, os homens são os mais vitimados, representando 79% do total de mortes. Trinta e sete por cento das vítimas tinha entre 21 e 39 anos. Depois dessa idade a participação em acidentes começa a cair, voltando a crescer na faixa dos 65 aos 74 anos. As ultrapassagens em locais proibidos e o excesso de velocidade lideram como causas dos acidentes fatais. Embriaguez ao volante e uso inadequado de celular também são causas de acidentes.