O período de sugestões, ideias e participações no processo de transição do Governo do Estado do Rio Grande do Sul está encerrado. Após as discussões envolvendo os 10 partidos que foram convidados e se propuseram a participar do momento – PSB, PDT, Solidariedade, União Brasil, Mais Brasil, Cidadania, Podemos, PSD e Progressistas, além de PSDB e MDB, do governador e vice eleitos, Eduardo Leite e Gabriel Souza, respectivamente -, o próximo passo é a formatação do planejamento e formação do primeiro escalão.
A expectativa é de que os primeiros secretários sejam anunciados até a metade de dezembro, para que possam se inteirar dos assuntos prioritários e começar a trabalhar já no dia 1º de janeiro. Em relação aos cargos de segundo e terceiro escalões, as nomeações devem ser feitas até o fim de março de 2023.
Dois venâncio-airenses fizeram parte dos trabalhos: os ex-prefeitos Airton Artus (PDT) e Giovane Wickert (PSB). O pedetista vive a expectativa de assumir uma vaga no Palácio Farroupilha, já que é o primeiro suplente do partido. Já o socialista, segundo suplente da sigla na Assembleia Legislativa, corre por fora em relação à função de deputado estadual, mas tem boas perspectivas de ser utilizado no governo, uma vez que já trabalhou como secretário adjunto de Obras e Habitação, pasta que, inclusive, chegou a assumir como titular nas férias de José Stédile (PSB). Confira as avaliações dos representantes da Capital do Chimarrão.
Airton Artus (PDT)
• “Em relação à transição, foi muito boa a oportunidade. Primeiro, porque o PDT tem áreas específicas nas quais pode colaborar, com muita força. A começar pela educação, com a escola de tempo integral. Na saúde, minha contribuição foi referente ao endividamento dos hospitais. Foi uma experiência muito rica pra mim, porque das cinco vezes que o partido se manifestou, tive a oportunidade de ser indicado duas vezes para falar. Sobre hospitais, falamos sobre atendimento básico, cirurgias eletivas, exames sofisticados, oncologia e cardiologia. Também na área da educação e primeira infância, levei a experiência do Cies de Venâncio, que já atendeu 50 mil crianças, cinco mil por ano, todo mundo gostou demais. Gostaria de fazer um elogio ao governador Eduardo Leite e ao vice Gabriel Souza, porque normalmente, quando um partido ou coligação ganha uma eleição, mudam o discurso. Primeiro fazem as promessas e depois dizem que não tem dinheiro, que não é bem assim. No caso deles, mantiveram os compromissos. Acho que vão fazer um governo bem amplo, tanto do espectro de partidos quanto de ideias. Penso que ele (Leite) tem intenções em nível nacional ali adiante e, para isso, precisa fazer um bom governo”.
Giovane Wickert (PSB)
• “Tinha experiência em transições, consórcios públicos e por ter sido secretário adjunto de Obras e Habitação. Creio que isso me credenciou a participar. Foram debatidos cinco eixos, e o que tivemos participação mais efetiva foi ‘Social e Qualidade de Vida’, que abrange obras, habitação, segurança, saúde, justiça, sistema prisional, esporte, lazer, cultura, trabalho, emprego, renda, assistência social, igualdade, direitos humanos, direitos dos animais. Colaboramos com sugestões como a retomada de obras em troca de patrimônio, que é o caso da ERS-244, e de parcerias com empresas, como a que viabilizou a ponte da ERS-244, em Linha Brasil, com o apoio da Haas Madeiras. Queremos aplicar estes modelos em obras nas escolas, para agilizar revitalizações e reformas. Também falamos sobre as iniciativas de Venâncio Aires, como o Centro de Formação da Susepe em Vila Estância Nova, a Creche do Idoso, o Vale-Feira e o Centro de Bem-Estar Animal, exemplos que podem ser replicados pelo Governo do Estado. Ventilamos ainda um departamento específico na Secretaria de Agricultura para cuidar do tabaco. Dialogamos em busca de soluções conjuntas. O Brasil está dividido, mas o Rio Grande do Sul, pela primeira vez, teve uma reeleição e clima positivo para o próximo governo”.