Benildo Soares com a esposa Rosemeri e os filhos Dannathan e Danniel (Foto: Arquivo pessoal)
Benildo Soares com a esposa Rosemeri e os filhos Dannathan e Danniel (Foto: Arquivo pessoal)

Foram cinco eleições até que a tão sonhada vaga na Câmara Municipal de Vereadores de Venâncio Aires se tornasse realidade. Os 612 votos recebidos nas urnas em 2020 fizeram de Benildo Soares o candidato mais votado do Republicanos e, consequentemente, dono de uma cadeira no Legislativo de 2021 a 2024. É o primeiro parlamentar eleito pela legenda. Antes, Zé da Rosa – que ficou com a segunda suplência no pleito deste ano, com 503 votos -, representava a sigla na Casa do Povo, mas havia sido eleito pelo PSD.

Na primeira tentativa, em 2004, concorreu à Câmara pelo PL, a convite do então candidato a prefeito, Almedo Dettenborn. Os 347 votos não foram suficientes para a consolidação do objetivo. Em 2008, disputou a eleição pelo PRB, partido que organizou a fundação em Venâncio Aires. Foram 456 votos, porém o desempenho ainda ficou aquém do que esperava. Em 2012 e 2016, novamente pelo PRB, obteve 290 e 429 votos, respectivamente, sem se eleger.

Em 2019, com a mudança do nome de PRB para Republicanos e já como presidente da legenda, ele fortaleceu as bases partidárias com vistas à eleição de 2020. Na última hora, a sigla decidiu deixar o governo de Giovane Wickert (PSB) e Celso Krämer (PTB) e apoiar Jarbas da Rosa (PDT) e Izaura Landim (MDB). “Sou persistente e acredito que a política séria pode ser o caminho para uma vida melhor e mais digna para todos”, comenta, ao fazer uma avaliação de tantos anos atuando na seara política da Capital Nacional do Chimarrão.

Atuação parlamentar

Na Câmara de Vereadores, Benildo Soares pretende trabalhar temas como habitação, saúde, esporte, lazer e meio ambiente. No entanto, garante que “todas as demais demandas que surgirem durante o mandato terão a minha atenção”. Em relação à agricultura, quer dar sua contribuição para facilitar o processo de produção nas propriedades. “Entendo que devemos encaminhar estudo para um futuro lago de abastecimento em Venâncio Aires. Considero esta uma prioridade urgente”, afirma ele, que também vai estar de olho nas demandas dos bairros.

O vereador eleito, nos tempos de bombeiro militar: 25 anos em Venâncio (Foto: Arquivo pessoal)

Família e estudos

Natural de Cachoeira do Sul, Benildo Soares tem 57 anos. Popularmente conhecido como Bombeiro Soares – nome com o qual concorreu a vereador, inclusive -, é casado com Rosemeri Schneider Soares, 52, e tem dois filhos: Dannathan Rafael Siqueira Soares, 30, e Danniel Siqueira Soares, 21.

É filho de José Alcides Soares e Universina Michels Soares, ambos já falecidos. Tem nove irmãos, dois já falecidos. Na infância na Capital Nacional do Arroz, o pai trabalhava em engenho de beneficiamento do cereal e a mãe cuidava da casa e da família. “Passmos trabalho, dificuldades, mas éramos e ainda somos muito unidos”, recorda.

Ainda em Cachoeira do Sul, estudou nas escolas Juvêncio Soares, Liberato Salzano Vieira da Cunha e João Neves da Fontoura, onde concluiu o Ensino Médio, em 1983. Conciliava o período de educação com trabalhos de pintura, reformas e construções, ao lado dos irmãos. “Também trabalhei um tempo em padaria”, acrescenta.

“De mim, os cidadãos de Venâncio Aires podem esperar por empenho, dedicação, cuidado, atenção e respeito com tudo o que se refere ao mandato. Minha meta é cumprir com todas as propostas que apresentei na campanha.”

BENILDO SOARES – Vereador eleito do Republicanos

Bombeiro militar e momentos na política

• A carreira como bombeiro militar teve início em 1984. Após prestar concurso em Novo Hamburgo e ser aprovado, foi para Canoas participar do curso de formação. Depois de formado, começou as suas atividades em Guaíba.

• Ainda passou pela corporação da cidade natal, Cachoeira do Sul, antes de vir para Venâncio Aires, em novembro de 1987. “Cheguei aqui quando estava sendo construído o atual prédio da corporação, onde servi por 25 anos”, diz o bombeiro aposentado.

• Desde que entrou para a política, diz que “o pior momento é quando, estando em uma coligação e tendo feito a sua parte, você é excluído de um processo político-administrativo. Isso aconteceu comigo em três eleições. É decepcionante, injusto, você se sente traído”.

• O melhor momento, conforme ele, é o atual. “Ao ser eleito, tenho a percepção de que todo o trabalho que já fiz junto à comunidade me credenciou a representá-la. Para mim, isso se chama confiança, e eu quero corresponder”, conclui.

Foto: Arquivo pessoal