
O deputado estadual Airton Artus (PDT) descartou, durante participação no programa Folha 105 – 1ª Edição, da Rádio Terra FM, na quinta-feira, 11, a sua saída do Partido Democrático Trabalhista (PDT). Artus integra a legenda há quase 40 anos e a possibilidade de deixá-la foi ventilada por conta de eventual apoio pedetista ao PT, na eleição para o Governo do Estado. No último dia 30 de agosto, na ocasião da posse do deputado estadual Valdeci de Oliveira na presidência do PT, a principal expoente do PDT, Juliana Brizola, neta de Leonel Brizola, foi para a foto com Valdeci, Beto Albuquerque (PSB), Manuela D’Ávila (sem partido) e Edegar Pretto (PT).
A imagem jogou luz sobre a possibilidade de Juliana, pré-candidata do PDT ao Piratini, ser a vice de Pretto, por exemplo. A própria Juliana, o presidente nacional Carlos Lupi e os dois deputados federais gaúchos da sigla, Pompeo de Mattos e Afonso Motta, seriam favoráveis a uma aliança nessas condições, porém a bancada pedetista na Assembleia Legislativa — Airton Artus, Tiago Cadó, Luiz Marenco e Gerson Burmann — e os deputados eleitos que estão em secretarias, Gilmar Sossella e Eduardo Loureiro, não gostaram da ideia. O problema seria a coligação com o PT e, em razão disso, outros partidos passaram a sondar as lideranças sobre movimentações.
Artus confirmou convites do PSD, legenda para a qual foi o governador Eduardo Leite, que deve concorrer ao Senado; do MDB, sigla do vice-governador Gabriel Souza, que tentará se eleger governador em 2026; PP, partido do deputado federal Pedro Westphalen, com quem o venâncio-airense tem estreita relação; e ainda do PSDB, do também deputado federal Lucas Redecker, outro amigo de longa data. “Mas, no momento, não existe essa possibilidade, até porque o PDT acordou que não haverá imposição em nível nacional [em relação à provável polarização da eleição do ano que vem] e eu estou no partido há quatro décadas. A Miriam, minha esposa, é fundadora em Venâncio Aires, a minha família sempre esteve no PDT e eu fico no PDT”, disse.