O último ano da atual Administração será focado nas obras – iniciadas, por começar ou que venham a surgir – e manutenção dos serviços públicos de qualidade. A meta é do prefeito de Venâncio Aires, Giovane Wickert (PSB), que tem a intenção de atender demandas da cidade e do interior “em várias frentes, com recursos que já foram garantidos para 2020 e também com os que ainda serão buscados no quarto ano de mandato”.
O chefe do Executivo afirma que seguirá trabalhando pela comunidade e espera que o próximo gestor dê continuidade às ações de governo. “Isso precisa acontecer, porque as coisas têm de continuar andando. Queremos deixar a casa em ordem para quem assumir”, reforça Wickert.
Como prioridades, ele elenca a pavimentação do Corredor dos Gauer, o asfaltamento de Linha Sapé e a conclusão de quase 40 quadras, em dez diferentes bairros, no projeto que teve financiamento de aproximadamente R$ 20 milhões. “Mesmo em época de crise, Venâncio Aires pode se orgulhar pelo fato de ter importantes obras de infraestrutura sendo concretizadas. São ações nas quais enfrentamos também muita burocracia, mas os resultados estão aí. Temos possibilidades de concluir algumas das maiores demandas comunitárias da história de Venâncio Aires ainda em 2020. Vamos trabalhar”, diz o prefeito.
FINANÇAS
Wickert comenta que também dispensará atenção especial às finanças do Município. Quer encerrar a passagem pela Prefeitura “sendo lembrado pelo equilíbrio das contas e zelo pelo dinheiro público. “A economia vem sendo feita dia a dia, desde que assumimos. Recebemos o Executivo com restos a pagar, quitamos contas que não eram nossas e estamos correndo, ano após ano, atrás de déficits dos orçamentos. Esperamos que as receitas projetadas se confirmem para que, mais uma vez, tenhamos sucesso na busca do equilíbrio”, afirma, ressaltando o desempenho considerado satisfatório nos três primeiros anos.
EQUILÍBRIO
O prefeito argumenta que tem buscado equilíbrio de ações em todas as áreas. De acordo com ele, os chefes do Executivo que o antecederam deixaram diferentes marcas, mas Wickert quer ser lembrado com o prefeito que atuou satisfatoriamente em todas as frentes. “Quem foi muito bom em uma área, provavelmente deixou a desejar em outra. Eu venho fazendo o possível para ter um desempenho a contento em todas as pontas, pois assim conseguimos uma regularidade”, avalia. Atendimento aos moradores do interior, principalmente no que se refere às estradas; bom relacionamento com os servidores; realização de obras de infraestrutura; e enfrentamento da crise foram citados pelo chefe do Executivo.
Para Giovane Wickert, uma das grandes virtudes da Administração é ter humildade para reconhecer os erros ocorridos, “mas sabendo que muita coisa foi feita neste período”. o valor investido na renovação da frota durante a atual gestão é R$ 10 milhões.
“Estou muito tranquilo, pois jamais tive medo de enfrentar as situações que se apresentaram. Aliás, a Prefeitura tem sido protagonista, como por exemplo na polêmica do Calçadão, que definimos que iríamos levar adiante e, em 2020, teremos um espaço revitalizado.”
GIOVANE WICKERT – Prefeito de Venâncio Aires
ALGUNS DESTAQUES
- Programas como o Gabinete de Portas Abertas, Caravana Pé na Estrada, Prefeito na Rua, Prefeitura Mirim e Chimarrão com o Prefeito, que têm o propósito de facilitar o acesso dos venâncio-airenses ao prefeito, vice e secretários, bem como aos serviços prestados.
- Renovação da frota leve e do Parque de Máquinas da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisp), além da reativação de todas as capatazias. Novos veículos para os departamentos de Patrimônio e de Trânsito.
- Ponto eletrônico em todos os setores da Administração e novas dependências do Departamento de Recursos Humanos.
- Manutenção do Albergue Municipal o ano todo, programa Volta às Aulas Solidário, Campanha do Agasalho, Mateando nas Escolas, Adote Esta Ideia e Venâncio é Minha, é de Todos, além do embelezamento das praças centrais para o Natal e Ano Novo.
- Novos postos de saúde, quadras esportivas (Battisti, Parcão, Benno Breunig e Parque do Chimarrão), Caminhódromo do Acesso Imperatriz Dona Leopoldina, Emei Vó Helma (bairro Brands) e ginásios de Mangueirão, Linha Cachoeira e Rincão de Souza.
- Vale-Feira, readequação dos valores do Vale-Alimentação e ganho real do funcionalismo público municipal.
- Lei Municipal de Incentivo à Cultura (Lemic), Programa Municipal de Incentivo ao Esporte Amador (Promiea), projeto O Cinema Vai à Escola, banda da Escola Cidade Nova, Jogos Escolares de Venâncio Aires (Jeva).
- Festival do Balonismo, saraus, Festival do Churrasco e Chimarrão, Semana de Patrimônio Cultural e Festival Mais Bela Voz.
- Fim das filas nos postos de saúde, mais vagas nas creches, avanços com Unisc e Univates, Fiscale, melhorias na iluminação pública e aquisição de equipamentos para a Secretaria de Agricultura.
- IPTU Mais, água potável em Paredão Pires, Condomínio Avícola, Languiru, Fida, cinco ambulâncias à disposição da Secretaria de Saúde, videomonitoramento e valorização dos distritos.
- Recuperação das nascentes do arroio Castelhano, castração gratuita de PETs, atenção plena na saúde mental, Prêmio Gestor Público, regularização de PPCIs, Centro de Atendimento ao Turista (CAT), Carnaval e Fenachim.
FOLHA DO MATE PERGUNTA
O ano de 2020 é eleitoral. Já é possível cravar que o prefeito Giovane Wickert tentará a reeleição?
O meu nome está à disposição, mas este não é o foco agora. Os partidos da base governista têm o consenso de que os nomes apresentados serão oferecidos à população em uma pesquisa, pois contra números não se pode brigar. Isso deveria ser uma coisa normal para os políticos, mas muitos não se dão conta. As siglas vão trazer seus candidatos e é preciso ter humildade para reconhecer se alguém estiver melhor no momento da consulta à comunidade. O vice-prefeito Celso (Krämer, do PTB), os vereadores Sandra e Adelânio (Wagner e Ruppenthal, do PSB) e o presidente Nestor (de Azeredo, do PSB) são excelentes nomes, assim como outros das legendas que fazem parte da nossa base de sustentação. As pesquisas dirão quem deve concorrer e, a partir disso, escolheremos um vice. Aliás, o vice não é, necessariamente, o segundo colocado, pois é preciso levar em conta as características do candidato a prefeito.
O distanciamento com o MDB está escancarado, inclusive o senhor exonerou secretários e cargos em comissão (CCs) do partido. Há tempo de recuperar o apoio da legenda para 2020, uma vez que parte da sigla esteve ao seu lado em 2016?
A eleição do Bolsonaro (Jair, então no PSL e hoje na Aliança pelo Brasil, para a Presidência da República, em 2018) mostrou que não são os partidos, mas as pessoas, que se elegem. Depende muito do momento, da proposta, do projeto. Tem gente que troca de partido bem perto da eleição e consegue se eleger. Eu, inclusive, já passei por isso, quando deixei o PT e fui para o PSB.
A se confirmar a eleição da vereadora Helena da Rosa (MDB) para o comando da Mesa Diretora da Câmara, o senhor acredita que terá um 2020 difícil no que se refere à aprovação de projetos na Casa, por tudo que se acompanhar no processo de sucessão no Legislativo?
O MDB mantém um discurso de independência dos poderes e defende que o governo não pode ser prejudicado por interesses pessoais. A vereadora Helena comunga do mesmo pensamento, já falamos sobre isso. Não acredito que, pelo fato de chegar à presidência com o apoio da oposição, ela e os outros vereadores da chapa trabalharão para prejudicar a Administração. Eu queria apoiar a Helena nesta eleição, mas não houve diálogo. Ela e o presidente do MDB (Paulo Mathias Ferreira) já tinham decidido formar com a oposição.
O terceiro ano da sua gestão está encerrando. Como analisa o fato de até agora não ter ocorrido o racha com o vice-prefeito Celso Krämer (PTB), que era dado como certo por muitas pessoas que conhecem os bastidores da política venâncio-airense?
A gente conversa muito e temos o mesmo pensamento de que é preciso cumprir os nossos objetivos. Apostavam que haveria racha aqueles que tinham interesse que as coisas não dessem certo. O Celso é importante para a Administração, tem muito conhecimento em relação ao interior e ao carro-chefe da nossa economia, o tabaco, já que ele é produtor. Já fui vice-prefeito e, como tive poder de atuação limitado, queria que fosse diferente. O Celso é trabalhador, ajuda muito, resolve várias situações no dia a dia. Ele conhece o município como um todo. Costumo dizer que ele tem os pontos cardeais, está sempre orientado. Se levarmos em conta que ele começou na política em 2008, é de admirar a evolução dele.
Como está a situação da Prefeitura neste momento e qual é a projeção para 2020, último ano da gestão? Há mesmo atraso de pagamentos e salários, como vem sendo especulado?
Há um desencaixe com os fornecedores, que pretendemos botar em dia com a parcela extra do FPM (Fundo de Participação dos Municípios), que entra na conta da Prefeitura antes do fim do ano. Sobre pagamentos atrasados do CCs, que chegou a ser divulgado, não aconteceu. As folhas e também o 13º salário foram pagos sempre em dia. No início do ano teremos recursos do IPVA (Imposto sobre Propriedade de Veículo Automotor) e IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) e vamos acertar o fluxo de caixa.
Qual a previsão para o Hospital São Sebastião Mártir (HSSM) e a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal em 2020?
Acredito que teremos participação decisiva no processo de recuperação financeira da nossa casa de saúde. Já conseguimos garantir emendas parlamentares para o orçamento do ano que vem e temos várias campanhas em desenvolvimento, que vão contribuir para a reversão do cenário de crise. Tenho esperança de que a situação será mais equilibrada, que teremos a redução do déficit mensal e do pagamento de juros decorrentes de financiamentos bancários. Sobre a UTI Neonatal, o projeto já está aprovado pelo Governo do Estado e continuamos em busca de recursos para viabilizar a unidade, que vai tornar Venâncio Aires ainda mais referência em saúde, pois agregaremos especialistas.
Há algum grande sonho desta Administração para 2020?
Diria que não. Nada muito específico. Penso que governar por quatro anos é como construir uma casa. Primeiro vem o alicerce, depois as paredes, o telhado e os acabamentos. Às vezes, mudam algumas coisas no projeto, com saída do que estava previsto e entrada do que não se esperava, mas o importante é concluir com naturalidade, sempre atentando para o que a comunidade elege como prioridade. Tenho convicção de que estamos dando o máximo e espero que tenhamos o reconhecimento da população da Capital Nacional do Chimarrão.