O vereador de primeiro mandato Nelsoir Battisti é o novo presidente do PSD em Venâncio Aires. A posse ocorreu na sexta-feira, 1º, em solenidade realizada no Grêmio Recreativo Sete de Setembro. Battisti sucede Chico Rech e afirma que tem a intenção de fortalecer o partido para a eleição do ano que vem. “Aos poucos, o PSD vai ganhando um papel de protagonismo. Temos lideranças formadas e queremos trazer oferecer novos nomes para a comunidade venâncio-airense. Algumas filiações já foram efetivadas”, diz.
A posse do novo comandante do PSD na Capital Nacional do Chimarrão foi prestigiada por Letícia Boll Vargas, presidente estadual da sigla. Ela destaca o significativo número de mulheres filiadas à legenda, o que pode ser um diferencial no pleito de 2020. Também marcaram presença na transição os presidentes do PDT, Jarbas da Rosa; PSB, Nestor de Azeredo; e PSL, Claidir Kerkhoff. O MDB enviou o vereador André Puthin como representante. Até Zecão Melchior (sem partido) prestigiou a posse de Battisti.
AUSÊNCIAS
A ‘ebulição’ no PSD ficou evidente no ato de posse do novo presidente. Chico Rech, que estava há quatro anos e meio à frente do partido em Venâncio Aires, não compareceu à transição. Zé da Rosa, outro vereador da sigla, também não foi ao Sete de Setembro. “Estive no local do evento sexta-feira pela manhã e enlouqueci. O clube está em precárias condições e deixei bem claro que não ia passar vergonha. Fazia 13 anos que não pisava no Sete e fiquei apavorado, pois aquilo lá está em ruínas”, argumenta Rech.
O ex-presidente do PSD revela ainda que recebeu ligação do prefeito Giovane Wickert (PSB) e do vice Celso Krämer (PTB), dando conta de que iriam prestigiar a posse de Battisti. Rech informa que sabia que outras lideranças políticas estariam no ato e sugeriu que os gestores não fossem ao evento. “Disse a eles que não fossem, que eu não ia também. Foi a melhor decisão, pois assim evitamos as confusões”, comenta. O vereador Zé da Rosa declara que sua ausência “foi uma coincidência, pois já tinha outros compromissos marcados”. Rech e Rosa seguem no PSD, mas deixam seus futuros políticos em aberto.
“Está sendo usado por cabeças da política”
Ex-presidente do PSD, Rech explica que em 2018 o partido deixou de convocar assembleias para que os municípios concretizassem seus diretórios e executivas. Como as comissões provisórias foram mantidas, “foi sugerido que em cada município, se os presidentes achassem que deveria ser feito, fosse dada oportunidade a outros integrantes do partido”. Ele ressalta que assumiu o PSD “muito minúsculo”, mas que a legenda cresceu, elegeu dois vereadores e está “inserida no contexto político de Venâncio Aires.
“O Nelsoir Battisti é um cara trabalhador, mas também muito vulnerável. Está sendo manipulado por pessoas que querem apenas minar e destruir. Vou esperar a posição oficial do novo presidente para decidir meu futuro na política.”
CHICO RECH – Ex-presidente do PSD
A transição ocorreu, de acordo com Rech, pelo fato de Battisti ter demonstrado interesse de assumir a presidência para buscar maior projeção ao PSD. “Ele realmente tem mais contatos e está disposto a enfrentar o desafio neste momento, quando temos um cenário político bastante embaraçado. Mas eu acho que, por ser impulsivo, por fazer antes de pensar, está sendo usado por algumas cabeças da política”, diz Rech, que acredita que Battisti está trabalhando com a possibilidade de o PSD indicar um candidato na chapa majoritária que será encabeçada pelo PDT. “Como ele, o PSD certamente vai deixar a Administração”, aposta.