Figuras centrais do principal imbróglio no fim de ano da Câmara, quando uma série de episódios envolveu a tumultuada eleição da nova Mesa Diretora, Eduardo Kappel (PL) e Helena da Rosa (MDB) retomaram o assunto na primeira sessão de 2020, realizada na noite desta segunda-feira, 3.
Durante o período de comunicações, Kappel voltou a falar em “traição”, se referindo à eleição da presidência do Legislativo, e criticou o governo PDT. “É com essa gente que a vereadora Helena nos traiu e quer andar a partir de agora. A senhora traiu os sete vereadores que lhe acompanham desde o início, traiu o prefeito Giovane e traiu o vice-prefeito. Mas tem muita gente dentro do MDB que não ficou satisfeita com essa decisão”, disparou.
Sem espaço para um ‘aparte’ dentro do pronunciamento de Kappel, Helena esperou até o fim da sessão, quando, como presidente, foi a última a falar. A vereadora afirmou que o assunto já foi muito explicado e não queria mais falar sobre isso.
“Mas tenho que falar, nem que seja pela última vez. Não teve traição. Se alguém traiu, foi o Executivo ao MDB dissidente que ajudou a eleger, do qual eu não fazia parte. Eu não tinha compromisso nenhum com o prefeito. O senhor falou que me aliei com PDT. Como? Ninguém se aliou a ninguém, porque queremos um Legislativo independente. A mesa tem quatro partidos e todos os projetos do interesse da comunidade votaremos favoráveis. Queremos resgatar o respeito.”