O inverno chegou e, com ele, o frio. Com o aumento do preço da energia, uma das alternativas para espantar as baixas temperaturas seria deixar de lado o ar condicionado e optar pelo fogão a lenha ou lareira. Mas, para o consumidor, os preços das lenhas, neste ano, também pesaram um pouco mais no bolso. Em um dos pontos de venda de Venâncio Aires, o preço do produto aumentou 50% em função da mão de obra e frete. Há quem não dispensa o fogão a lenha ou a lareira nos dias frios todos os anos. Por sua vez, para que esses itens mantenham-se acesos e deixem o ambiente quentinho, é necessário investir na compra de lenhas.
No local em que trabalha o vendedor de lenha Christian Cain dos Santos, 22 anos, em relação ao ano passado, os preços subiram em até 25%. Uma talha de lenha, com 80 pedaços, por exemplo, no ano anterior custava R$ 18 e, no momento, chega a ser R$ 22. Entre os motivos, está o encarecimento da mão de obra e do frete, os quais interferiram no preço final do produto.
As vendas, segundo Christian, também diminuíram. “Ano passado nós vendemos 450 metros de lenha e acredito que neste inverno não chega a 250”, observa. Para ele, uma das explicações é a crise econômica: “As pessoas não têm mais tanto dinheiro.” Embora tenham aumentado os preços das lenhas, as pessoas não deixam de comprá-las para se aquecerem nos dias frios. Isso é comprovado por Christian, porque 50% dos produtos vendidos são destinados para o uso de fogão a lenha e, apenas 10%, para fazer o churrasco. Entre os tipos de lenha mais vendidos, estão a acássia e o eucalipto comum. Para Christian, um fogãozinho a lenha também torna-se indispensável quando faz frio na Capital Nacional do Chimarrão.
A situação já é diferente onde trabalha o comerciante Délcio Mohr, 57 anos. Para ele, as vendas não diminuíram em função do aumento de até 50% dos preços das lenhas. As mesmas permaneceram iguais ao ano passado. Délcio observa que, no ano anterior, 10 metros de lenha de eucalipto custavam R$ 300; com o aumento, chega, no momento, a ser R$ 600. A elevação dos preços deu-se, para o comerciante, em função da questão de oferta e procura, além, também, do aumento do valor da mão de obra.
