O Executivo Municipal de Venâncio Aires não tem um cálculo oficial para comprovar, mas estima que o turno único, adotado entre 19 de outubro de 2015 e 29 de fevereiro deste ano, tenha resultado em uma economia de aproximadamente R$ 500 mil para os cofres públicos. A análise é do prefeito Airton Artus, que toma como base para a projeção a queda nos gastos com energia elétrica, telefone e combustíveis, especialmente. “Não temos como mensurar exatamente, mas ainda podemos levar em conta a redução de custos com alimentação nas capatazias e horas extras. é mais ou menos isso aí”, aposta Artus.

De acordo com ele, a adoção do turno único é apenas uma das tantas medidas que foram colocadas em prática pela Prefeitura para a obtenção do equilíbrio das contas de 2015. “A maior prova de que o turno único funciona é que conseguimos encerrar o ano no azul. Pode não ser um valor elevado em relação ao orçamento, mas faz parte de um conjunto de ações que nos permitem ter fôlego”, diz o prefeito. Segundo Airton Artus, até mesmo os órgãos fiscalizadores das prefeituras entendem que a adoção do período reduzido é interessante. “No somatório final, o turno único contribui bastante”, complementa.

Entre as outras iniciativas deflagradas para contenção de gastos na Prefeitura de Venâncio, destaque para a Comissão de Acompanhamento da Execução do Orçamento, que foi criada há dois anos para analisar todos os processos internos do Município. O colegiado conta com a participação de Janice Antoni (contadora), Juliana Marcuzzo (controle interno), adjuntas Deizimara Souza (Planejamento) e Marinete Bortoluzzi (Fazenda), além dos secretários Fabiana Keller e Leandro Pitsch, da Fazenda e Administração, respectivamente. Conforme Fabiana, a tarefa da comissão é analisar os pedidos de secretarias municipais e orientar o prefeito Airton Artus sobre a necessidade ou não do investimento solicitado.

NA PRáTICA – “No caso de um pedido de compra de um telefone, por exemplo, a gente confere as justificativas do solicitante e também analisa se não há possibilidade de conserto que patrimônio do Município. Esta é apenas uma das situações”, explica Fabiana. Titular da Administração, Leandro Pitsch, acrescenta que, muitas vezes, após criteriosa avaliação, o veredito do grupo sai no sentido de que determinada secretaria deve optar por uma ou outra solicitação. “Por exemplo: precisamos de retroescavadeira e também de uma patrola, mas os recursos não são suficientes para as duas aquisições. Dessa forma, a pasta terá de decidir por qual maquinários é mais importante para a prestação de serviços”, comenta o secretário.