A Associação dos Municípios do Vale do Rio Pardo (Amvarp) discutiu nesta quinta-feira, 16, os efeitos atuais gerados pela diminuição de repasses dos governos estadual e federal. No encontro, ocorrido em Candelária, os gestores públicos debateram ações já aplicadas nas prefeituras para diminuir gastos, e acordaram em não trabalhar medidas, por enquanto, de forma conjunta.
Uma das propostas, trabalhadas em anos anteriores, era de realizar turno único em todas as administrações públicas da região. Entretanto, a proposta não deve ganhar força em 2015, uma vez que os prefeitos estão realizando, de forma individual, ações para diminuir despesas, e evitar um colapso nas contas públicas. A maioria dos administradores tem se mostrado contrários a adoção do turno único, em compensação, exonerações de cargos comissionados e paralisação de obras estão ocorrendo nos municípios do vale.
As prefeituras de Candelária e Santa Cruz do Sul projetam o turno único como a última medida para a diminuição de gastos. O prefeito de Passo do Sobrado, Caio Baierle, destacou durante o encontro, que medidas de economia já estão sendo adotadas desde o inicio do ano. “Os prefeitos já se programaram desde janeiro. Sabemos que a situação financeira das prefeituras tende a piorar a partir de setembro.”
A exemplo de Venâncio Aires, Candelária também publicou decreto exigindo redução das despesas públicas, incluindo o controle de novos gastos, analisados por comissão de técnicos. “Estas ações, só em junho, economizaram R$ 1 milhão. Então, precisamos adotar formas de minimizar os efeitos da crise econômica”, argumenta o prefeito da cidade, Paulo Butzge.
Venâncio Aires
Na Capital do Chimarrão não deve-se adotar o turno único nos próximos meses. A previsão é do prefeito Airton Artus. Segundo ele, apenas a secretaria de Agricultura, que já vinha atuando com o turno unificado, terá a medida mantida. Os demais setores devem continuar com o horário normal. Na cidade, o controle de gastos segue determinação de decreto, assinado em março, que trabalha a diminuição dos gastos públicos. Para Artus, medidas mais extremas não deverão ser adotadas no inicio do segundo semestre, porém, se a situação programada não se confirmar, novas ações poderão ser implantadas.
Estradas
A manutenção das estradas do interior, após os dias de chuva, segue sendo o desafio dos prefeitos da região. Mesmo esperando respostas negativas do governo estadual, a Amvarp irá enviar uma carta ao Executivo, solicitando auxilio financeiro para a compra de combustível, na tentativa de colaborar com a infraestrutura viária do perímetro rural.
