Enquanto o Dia de Finados se aproxima, os cemitérios de Venâncio Aires vão ficando coloridos. Pelas mãos de familiares ou amigos, as flores desbotadas que enfeitam as sepulturas são substituídas por buquês novos, de cores vivas, em um trabalho dedicado de quem não deixa passar em branco o feriado de 2 de novembro, dedicado às homenagens aos que já se foram.

No Cemitério Municipal, no bairro São Francisco Xavier, o movimento é intenso nos últimos dias. As irmãs Eva Tirelli, 68 anos, e Marinês Vieira Dipp, 54 anos, aproveitaram a tarde de ontem para limpar um jazigo e outros cinco túmulos de familiares de diferentes gerações. “É uma tradição que os pais passaram para a gente e que continuamos”, comenta Marinês.

Foto: Juliana Bencke / Folha do MateIrmãs Marinês e Eva realizaram a limpeza de túmulos de familiares, na tarde de ontem
Irmãs Marinês e Eva realizaram a limpeza de túmulos de familiares, na tarde de ontem

Anualmente, elas e mais uma irmã dedicam-se ao ‘mutirão’, que também incluiu a manutenção de sepulturas em cemitérios do interior do município. “Limpamos e trocamos as flores, que compramos juntas”, explica Eva. “Deixamos tudo pronto e, no dia 2, viemos para rezar pela família. Enquanto pudermos fazer, vamos manter essa tradição”, complementa.

Além da limpeza e dos reparos nas sepulturas feitos por familiares, a manutenção realizada por funcionários da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisp), nos cemitérios Municipal e Vila Rica, também é reforçada nesta época.

Segundo o secretário Renato Gollmann, também são realizados serviços em cemitérios do interior, conforme demanda das comunidades. “Colocamos brita nos acessos, para que não tenha barro e as pessoas possam entrar”, exemplifica.

Flores

Ao mesmo tempo em que é um dia de saudade e homenagens a familiares e amigos que já faleceram, o Dia de Finados também é oportunidade de negócio, especialmente, para lojas que comercializam flores artificiais.

Moradoras de Vila Arlindo, Teresinha Werberich, 67 anos, e a filha Roselei Werberich, 34 anos, adquiriram as flores para enfeitar os túmulos de diversos familiares, na tarde de ontem. Entre cerca de 60 tipos de flores artificiais em um estabelecimento comercial de Venâncio Aires, elas optaram por cores e modelos diferentes.

De acordo com Teresinha, embora ainda sejam utilizadas flores naturais, em algumas ocasiões, é preciso retirá-las logo, porque não se pode deixar água nos vasos, para evitar a criação de mosquitos. “As artificiais duram mais, tem muita variedade e diferentes preços”, comenta.