Quando se ganha um presente, ele significa muito mais que um bem material. É um item ‘recheado’ de amor, bondade e carinho. Na época de Natal, a troca de presentes é ainda mais frequente – uma demonstração de afeto não apenas em palavras, mas em atitudes.

A psicóloga Roberta Moreira Hintz explica que é essencial espalhar, junto da família e dos amigos, o clima de alegria, fé, união e esperança que envolve os dias natalinos. “Ao darmos presentes uns aos outros, é uma forma de simbolizar que estamos doando nosso tempo e desejo de agradar ao outro, não somente no Natal, mas durante todo o ano”, destaca.

Essa tradição de presentear, principalmente, no Natal surgiu ainda quando os três reis magos visitaram o menino Jesus, logo após seu nascimento. “Com o passar dos anos, a tradição de presentear foi se difundindo pelo mundo, mas hoje em dia é muito maior, em razão do consumismo que a vida moderna oferece”, comenta. “O consumismo está cada vez mais presente em nossa sociedade como forma de poder, é uma troca do ‘ser’ pelo ‘ter’, onde o mais ‘caro’ é mais valorizado”, explica.
Podemos usar nossa criatividade, de forma que possamos demonstrar nosso carinho, gratidão e amor de ser lembrado.
Na opinião da psicóloga, para garantir que, acima do consumismo, o espírito do Natal seja mantido, é preciso presentear com itens carregados do simbolismo da data, para além do preço. Para isso, Roberta sugere que se use a criatividade, “de forma que possamos demonstrar nosso carinho, gratidão e amor de ser lembrado”.
Além disso, a profissional ressalta a importância de dedicar momentos para se estar junto daqueles que se ama. “Reunir a família e os amigos é muito significativo. Em virtude do costume da troca de presentes surgiu a brincadeira do amigo secreto, onde se trocam presentes, mantém-se o espírito de união, sem gastos exagerados”, exemplifica.
Natal para as criançasPara as crianças, que ficam à espera do presente, os pais devem explicar o sentido da data, presenteando cada uma dentro da realidade da família, impondo os limites necessários. A psicóloga Roberta Moreira Hintz destaca que é preciso mostrar que não é brinquedo mais caro ou da moda que tem mais valor. “Uma boa opção é incentivá-las a juntar brinquedos que não usam mais e doá-los, ensinando valores como compaixão por aqueles que precisam”, sugere.