O morangueiro, planta criada a partir do cruzamento de duas espécies de plantas nativas das Américas, é uma cultura muito difundida, não só comercialmente em áreas médias e grandes, mas sobretudo, em pequenas áreas e, principalmente, em hortas domésticas, para autoconsumo.
Conforme dados fornecidos pelo escritório municipal da Emater/RS-Ascar, em Venâncio Aires, a cultura é produzida por 19 agricultores familiares em escala comercial, o que soma mais de 30 mil plantas. A extensionista rural do escritório municipal da Emater/RS-Ascar Djeimi Janisch, observa que a maior parte ainda é cultivada no solo e pouco pelo sistema de substrato em estufa plástica.
Entre os 19 produtores está o casal Claiton e Juliana de Oliveira, de Linha Campo Grande, que produz 3 mil pés no sistema substrato em estufa plástica e colhe em média, 110 quilos
da fruta por mês. O morango é agregação de renda da propriedade onde a cultura principal é o tabaco que nesta safra soma 56 mil pés e o milho para silagem. é a primeira safra que o casal investe no morango e, como a experiência está dando certo e o resultado é satisfatório, para 2016, o projeto é aumentar a produção da fruta e reduzir o tabaco, o que já ocorreu na atual safra.
Todo o morango é produzido sem o uso de defensivos agrícolas e somente é usado o adubo químico. O restante é tudo material orgânico e o controle do ácaro, por exemplo, é feito com ácaro predador, além de leite, cinza, caldas sulfocálcica bordalesa, priorizando a prevenção das doenças. Constantemente é efetuada a limpeza das plantas com a retirada daquelas com sintomas de alguma doença. Além disso, a fruta é colhida 100% madura, o que conforme Djeimi, garante um fruto de qualidade, saboroso e mais doce, pois ele não amadurece fora do pé, e desenvolve cor e mais sabor.