Na próxima semana, nos dias 15, 16 e 17, está prevista uma paralisação nacional das escolas estaduais. A mobilização é organizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), juntamente com o Sindicato dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul (Cpers).
Os motivos da paralisação estão relacionados principalmente à diminuição da carga horária de trabalho e maior valorização do funcionalismo público. De acordo com Renato Müller, diretor geral do núcleo do Cpers de Santa Cruz do Sul, as escolas têm liberdade para aderir ou não à paralisação. No entanto, ele demonstra interesse na participação de todos. “Gostaríamos muito que as escolas aderissem. Esperamos uma boa adesão nessa oportunidade”, diz.
Segundo ele, a movimentação já inicia na segunda-feira, 14, quando os diretores são convocados a participarem de uma reunião no próprio núcleo, em Santa Cruz do Sul. Ele ressalta que é importante que os diretores façam contato para informar sobre a participação.Os profissionais serão recepcionados, no dia 14, com um café da manhã, às 8h30min. Em seguida, às 9h, ocorrerá a abertura da reunião. Na oportunidade, a pauta será a ‘Aplicabilidade da Lei do Piso Salarial dos Professores’, assunto que será esclarecido pela assessoria jurídica do Cpers.
DECISãOApós a reunião, os diretores devem decidir se concordam em apresentar o quadro de pessoal com 14 ou 16 horas semanais de trabalho para cada professor. Müller explica que a Lei do Piso prevê que os professores tenham 14 horas de aula por semana, mas não é o que ocorre na prática, quando cada profissional é obrigado a cumprir 16 horas. “Com 16 horas-aula, acabam sobrando muitos professores contratados, que foram até demitidos. Se nós tivéssemos mantido as 14 horas, não teriam ocorrido demissões”, esclarece. A partir do que for decidido, deve ocorrer, ou não, na terça-feira, 15, a apresentação do quadro de pessoal de cada escola com 14 ou 16 horas de trabalho por professor.
No dia 16 está prevista a Assembleia Regional da categoria, no Sindicato dos Bancários de Santa Cruz do Sul, às 16h30min. Na oportunidade, será decidido se a greve terá continuidade e se outras estratégias na área educacional devem ser buscadas. Após isso, a decisão será levada a Porto Alegre. As programações não param. Uma mateada, no dia 17, deve reunir, no núcleo do Cpers em Santa Cruz do Sul, todos os professores que estão paralisados. No local, os profissionais irão conversar e decidir alguns dos rumos da educação. Já no dia 18, ocorre a Assembleia Estadual no Gigantinho, em Porto Alegre.
O diretor geral do núcleo do Cpers de Santa Cruz do Sul, Renato Müller, ressalta que qualquer dúvida sobre o cronograma de atividades referentes à paralisação, pode ser esclarecida pelo núcleo, através dos telefones 3713-1588 e 9551-1747.