A Cooperativa Languiru planeja suas estratégias pensando no presente e no futuro. Sendo assim, desde janeiro de 2022, o programa Pró Leite – que engloba todas as propriedades de leite da cooperativa – tem um projeto de proteção às nascentes e fontes de água que garantem benefícios aos produtores.
O projeto é baseado em três pilares. Primeiro, é necessário que, especialmente em locais com animais no entorno, a nascente esteja cercada e protegida para que não haja interferência na sua naturalidade. O segundo item é o cuidado com relação às reservas de água da chuva, em reservatórios de água e dos telhados de galpões de vacas. O terceiro passo é a proteção da mata ciliar nas encostas de morros e dos arroios mantendo, assim, a preservação natural.
Com isso, segundo o gerente de Fomento Leite da Languiru, Mauro Eduardo Aschebrock, a partir de cada item é ofertado um valor caso seja atingido o parâmetro desejado. “O programa cria uma série de benefícios ao produtor de leite visando a sua profissionalização e atentando ao cuidado ambiental e de sustentabilidade. Engloba ainda faixas de bônus para produtores menores e também bonificando no advento de tecnologias, como por exemplo, a ordenha robotizada, climatização e melhoria do ambiente onde as vacas são alojadas”, cita.
Na região
Como todas as propriedades de leite da cooperativa participam do programa, os números estão conectados diretamente a isso. No total, são mais de mil propriedades, sendo mais de 40 nos municípios de Venâncio Aires, Mato Leitão, Passo do Sobrado e Vale Verde. Os valores recebidos variam conforme o desempenho do produtor e a participação nos critérios propostos.
“O programa cria uma série de benefícios ao produtor de leite visando a sua profissionalização e atentando ao cuidado ambiental e de sustentabilidade.”
MAURO ASCHEBROCK
Gerente de Fomento Leite da Languiru
Sustentabilidade é propósito
Aschebrock afirma que, seguramente, a sustentabilidade é um dos propósitos da cooperativa, pois é preciso cuidar do presente ‘olhando para o futuro’. Além disso, ele explica que o setor lácteo contempla cada vez mais em nível global, com isso a tecnificação é necessária para fazer frente às margens cada vez mais apertadas. “Precisamos nos preparar para atender um mercado consumidor cada vez mais exigente, que cada vez mais quer saber como foi produzido o leite que ele está consumindo. Desta forma, quer saber se o ambiente foi preservado, se a vaca foi respeitada e tratada como merece e se as pessoas que conduzem a atividade são felizes no que fazem. Tudo isso compõe a sustentabilidade da cadeia”, destaca o gerente.
Para os próximos anos, a tendência natural é de expansão, mesmo que, segundo ele, se tenha cada vez menos propriedades produtoras de leite. As que permanecem estão despertando para essas novas tendências e adotando tecnologias e ferramentas que garantam produzir um leite de qualidade com sustentabilidade.