“Comida para mim é sentimento”. Foi dessa forma que a empresária Thiele Rosa Ardaves, 31 anos, traduziu a escolha profissional. Depois de passar por diversos restaurantes e lancherias exercendo a função de chapista, ela agora comemora o sucesso no negócio próprio.
Em julho deste ano ela abriu, em sociedade com o irmão, Ricardo, o food truck ‘The Rith’, no bairro Aviação. Segundo ela, a aquisição do carro e utensílios para o trabalho foi possível graças à mãe, Marilene Rosa, 71 anos. “Tudo só foi possível porque minha mãe adotou a ideia e custeou todo o material para abrirmos o negócio”, comenta.

Thiele sempre teve o sonho de abrir uma lancheria, mas quando foram autorizados os food trucks no município o sonho de ter o próprio negócio foi possível. Cerca de um mês atrás o irmão, Ricardo, desfez a sociedade. Ele, que é cabeleireiro, saiu para trabalhar com outras atividades fora de Venâncio. Thiele agora segue com o negócio sozinha, com o auxílio de duas funcionárias: Ivani e Hellen. “Às vezes o pessoal fala que a gente trabalha só de noite. Mas ninguém vê que começo o dia fazendo as compras de manhã e de tarde a preparação para agilizar o trabalho da noite”, comenta.
Hoje, a média do food truck é de 70 lanches por dia. Semanalmente, a equipe procura trazer novidades, com promoções aos clientes. “Quando recebemos uma mensagem de elogio temos ainda mais ânimo e certeza de que fizemos a escolha certa”, declara. O food truck funciona de segunda a segunda na parte da noite.
“Eu tirei o melhor do que aprendi em cada lugar que trabalhei para montar meu próprio negócio.”THIELE ROSA ARDAVESEmpresária do ramo alimentício
Trajetória
Thiele já atuou em outras atividades com contato direto ao público. Ela diz que sempre gostou de trabalhar com gente e de cozinhar, agora uniu as duas coisas. Natural de Porto Alegre, ela mora há 26 anos em Venâncio. Foi na Capital do Chimarrão que teve os filhos Iuri, 14 anos, e Lara, 2 anos. É casada com Vilmar Prates, a quem também dedica o sucesso do food truck. “Eu só consigo trabalhar porque meu marido, que trabalha o dia todo em obras, chega em casa e cuida da Lara”, comenta.
Sobre as dificuldades no decorrer dos anos, ela diz que foram muitas. Saiu de casa com apenas 15 anos e levou muitas recusas ao procurar emprego. Ela relata que chegou a ouvir que não tinha perfil físico para exercer determinada função. “Tudo que passei vejo como uma forma positiva. Perdi muitas oportunidades pela falta de maturidade, sempre fui muito sonhadora”, conta. Está nos planos da empresária a expansão do negócio e pretende participar de eventos quando for possível. “Eu quero crescer, mas de uma forma sustentável e sem diminuir a qualidade dos serviços”, finaliza.
